GA8:13 – Mnemosyne – memória – mémoire – memory

Schneider

Mnemosyne, a filha do Céu e da Terra, enquanto noiva de Zeus, em nove noites torna-se mãe das (12) musas. Jogo e música, dança e poesia pertencem ao regaço da Mnemosine, da memória (der Gedächtnis). É evidente que essa palavra designa outra coisa do que só a capacidade, verificável pela Psicologia, de conservar o que passou na representação. Memória pensa no pensado. Como mãe das musas, no entanto, “Memória” não designa um pensar qualquer sobre qualquer coisa pensável. Memória é a reunião do pensar sobre aquilo que em todas as partes deseja ser pensado já antecipadamente. Memória é a reunião do rememorar. Ela se oculta e oculta em si aquilo, no que a cada vez há o que pensar antecipadamente em tudo o que há (west) e, enquanto o que há (Wesendes), atribui-se o havido (Gewesendes): Memória, a mãe das musas: o rememorar do que deve ser pensado é a fonte primordial do poetar. O poetar é, por isso, a corrente que por vezes flui de volta em direção à fonte, ao pensar como rememorar. Enquanto, porém, crermos que a lógica não pode dar um esclarecimento sobre o que seja pensar, não conseguiremos meditar em que medida todo o poetar consiste no rememorar. Todo o poetado origina-se da re-memoração [An-dacht = pensar em, devoção, meditação] do rememorar. (p. 134)

Becker & Granel

Raúl Gabás

Glenn Gray

Original

  1. « Ich verstehe das Gewesene in dem Sinne : Wie das Gebirge die Versammlung der Berge ist, so ist das Gewesene die Versammlung des Wesens. Darum habe ich in Sein und Zeit das Wort « Gewesend » gebraucht. » (Précision donnée au deuxième séminaire sur Kant à Cerisy en 1955, par M. H.)[↩]
Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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