GA6T1:57 – A própria vontade nunca pode ser querida

Casanova

A própria vontade nunca pode ser querida. Nunca podemos nos decidir a ter uma vontade, no sentido de que poderíamos nos arrogar uma vontade; pois toda decisão se mostra como o querer mesmo. Se dizemos que ele quer ter sua vontade levada a termo dessa ou daquela forma, então ter-vontade significa aqui tanto quanto se encontrar propriamente em meio a seu querer, reter-se em toda a sua essência e ser senhor sobre ela. Precisamente essa possibilidade, porém, indica que sempre estamos no querer, mesmo se estivermos aí contra a nossa vontade. Aquele querer próprio que irrompe na decisão, aquele “sim” é o que promove o acometimento de toda a nossa essência, de todo o nosso ser em nós. (GA6T1MAC:44)

Original

(HEIDEGGER, Martin. Nietzsche I. Tr. Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010, p. 44)

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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