GA6T1:117-119 – corpo [Leib] e corpo [Körper]

Casanova

[…] Onde fica o fisiológico, o elemento relativo ao estado corporal? Por fim, não podemos cindir as coisas de tal modo como se estivesse alocado em um pavimento inferior o estado corporal, e, em um outro superior, o sentimento. O sentimento como um sentir-se é, precisamente, a maneira como somos corporais; ser corporal não significa que um apêndice chamado corpo é simultaneamente ligado à alma, mas no sentir-se o corpo está desde o princípio coinserido em nosso si próprio, e, com efeito, de um modo tal que ele permeia a nós mesmos em seu estar em tal ou tal estado. Não “temos” um corpo assim como portamos a faca na bolsa; o corpo também não é um corpo físico que apenas nos acompanha e que também constatamos aí ao mesmo tempo, expressamente ou não, como simplesmente dado. O sentimento como sentir-se pertence à essência desse ser. O sentimento efetua de antemão a inserção implicativa do corpo em nossa existência. Mas como o sentimento como sentir-se é sempre de maneira igualmente essencial o ter sentimento para o ente na totalidade, arroja-se a cada vez concomitantemente em todo estado corporal um modo como interpelamos ou não interpelamos discursivamente as coisas à nossa volta e os homens conosco. Uma “indisposição” estomacal pode estabelecer uma atmosfera de trevas sobre todas as coisas. O que de outro modo apareceria como indiferente se mostra, repentinamente, como irritante e perturbador. O [81] que de outro modo seria recebido de maneira jocosa nos paralisa. Não há dúvida de que a vontade pode intervir e suprimir a indisposição, mas não pode despertar e criar imediatamente a tonalidade afetiva contrária: pois tonalidades afetivas são sempre apenas superadas e transformadas uma vez mais por outras tonalidades afetivas. Essencialmente, o que se precisa continuar observando aqui é o seguinte: o sentimento não é nada que transcorra apenas na “interioridade”, mas é aquele modo de ser fundamental de nosso ser-aí, por força do qual e de acordo com o qual já sempre somos alçados para além de nós mesmos em direção ao ente na totalidade, ao ente que nos diz ou não respeito de um modo ou de outro. Tonalidade afetiva não é nunca um mero ser afinado em uma interioridade estabelecida por si, mas é sempre, em primeiro lugar, um deixar-se determinar afinadoramente e um deixar-se afinar em meio a tal ou tal tonalidade afetiva. A tonalidade afetiva é, precisamente, o modo de ser fundamental como nós nos encontramos fora de nós mesmos. No entanto, é assim que somos essencial e constantemente.

O estado corporal oscila em tudo isso, alça-nos ao mesmo tempo para além de nós mesmos ou deixa o homem preso e embotado em si mesmo. Não somos inicialmente “viventes” e temos então, além disso, ainda um aparato denominado corpo. Ao contrário, vivemos na medida em que conquistamos um corpo. Essa conquista de um corpo é algo essencialmente diverso de um estar apenas de posse de um organismo. A maior parte das coisas que conhecemos nas ciências naturais sobre o corpo e sobre a conquista de um corpo são constatações nas quais o corpo é, antes de mais nada, transformado em corpo físico por meio de uma falsa interpretação. Na medida em que se faz isso, é possível descobrir muitas coisas. No entanto, o essencial e determinante já se acha sempre fora de consideração e de apreensão; e a busca subsequente do “psíquico” pertencente ao corpo que já foi antes falsamente interpretado como corpo físico já desconheceu esse estado de coisas.

Todo sentimento traz consigo uma corporificação afinada de tal ou tal maneira, uma tonalidade afetiva que se corporifica de tal ou tal maneira. A embriaguez é um sentimento, e é um sentimento tanto mais autêntico quanto mais essencialmente domina a unidade do ser-afinado que se corporifica. De alguém que se acha completamente bêbado, a única coisa que podemos dizer é: ele “tem” algo como uma embriaguez; mas ele não está embriagado. A embriaguez não é, aqui, o estado no qual ele está junto a si mesmo para além de si. Ao contrário, o que chamamos, nesse caso, de embriaguez não passa do que se designa com a expressão vulgar um mero “estar mamado”, algo que justamente rouba toda e qualquer possibilidade do estado de embriaguez. [GA6PT:80-81]

Vermal

[…] ¿Dónde queda lo fisiológico, lo referente a los estados corporales? En realidad, no debemos separarlos como si en la planta baja habitara un estado corporal y en la planta superior el sentimiento. El sentimiento, en cuanto sentirse, es precisamente el modo en el que somos corporales; ser corporal no quiere decir que al alma le esté añadida una masa llamada cuerpo, sino que en el sentirse el cuerpo está de antemano contenido en nuestro sí-mismo, de manera tal que en sus estados nos atraviesa a nosotros mismos por completo. No «tenemos» un cuerpo como llevamos una navaja en el bolsillo; el cuerpo tampoco es simplemente un cuerpo físico que nos acompaña y del que constatamos, expresamente o no, que está también allí delante. No «tenemos» un cuerpo, sino que «somos» corporales. A la esencia de ese ser le pertenece el sentimiento en cuanto sentirse. El sentimiento realiza de antemano la continente inclusión del cuerpo en nuestra existencia. Pero puesto que el sentimiento, en cuanto sentirse, es de modo igualmente esencial el tener en cada caso un sentimiento del ente en su totalidad, en cada estado corporal vibra un modo en el que nos dirigimos a las cosas que nos rodean y a los seres humanos que están con nosotros. Una pesadez estomacal puede tender un velo de sombra sobre todas las cosas. Lo que normalmente nos parece indiferente resulta de pronto irritante y molesto. Lo que normalmente se hace con facilidad, queda paralizado. La voluntad puede interponerse, puede contener la desazón, pero no puede despertar y crear inmediatamente el temple de ánimo contrario: en efecto, los temples de ánimo siempre son superados y transformados sólo por otros temples de ánimo. Es esencial aquí prestar atención a que el sentimiento no es algo que se desenvuelva sólo en el «interior», sino que es el modo fundamental de nuestro existir en virtud del cual y de acuerdo con el cual estamos siempre ya llevados más allá de nosotros mismos hacia el ente en su totalidad, que nos afecta o nos deja de afectar de tal o cual manera. El temple de ánimo no es nunca un mero estar templado en un interior cerrado sobre sí, sino que es primariamente un dejarse templar [Stimmen] y determinar [Be-stimmen] de tal o cual manera en el temple de ánimo [Stimmung]. El temple de ánimo es precisamente el modo fundamental en el que estamos fuera de nosotros mismos. Pero así estamos esencialmente y siempre.

En todo ello vibra el estado corporal, nos eleva y lleva más allá de nosotros mismos, o bien deja al hombre apático y prisionero de sí mismo. No estamos en primer lugar «vivos» y después tenemos un aparato llamado cuerpo, sino que vivimos [leben] en la medida en que vivimos corporalmente [leiben]. Este vivir corporalmente es algo esencialmente diferente del mero estar sujeto a un organismo. La mayoría de lo que sabemos del cuerpo y del correspondiente vivir corporalmente en las ciencias naturales son comprobaciones en las que el cuerpo ha sido previamente malinterpretado como mero cuerpo físico. De ese modo pueden encontrarse muchas cosas, pero lo esencial y decisivo queda siempre ya fuera de la mirada y la comprensión; la búsqueda que va detrás de lo «anímico» para un cuerpo que previamente ha sido malinterpretado como cuerpo físico desconoce ya la situación real.

Todo sentimiento es un vivir corporalmente templado de tal o cual manera, un temple de ánimo que vive corporalmente de tal o cual manera. La embriaguez es un sentimiento, y lo es de modo tanto más auténtico cuanto más esencialmente domine la unidad del ser templado que vive corporalmente. De alguien que ha bebido mucho podemos decir que «tiene» una embriaguez, pero no que está embriagado. En ese caso, la embriaguez no es el estado en el que se está junto a sí y más allá de sí mismo, sino que lo que aquí llamamos «embriaguez» es, usando la expresión común, una mera «borrachera», que precisamente impide toda posibilidad de un estado tal. [GA6TES]

Klossowski

[…] Qu’en est-il alors du physiologique, des états corporels? Finalement nous ne devons pas séparer l’état corporel du sentiment comme si le corporel logeait à l’étage inférieur, le sentiment à l’étage supérieur. Le sentiment en tant que le fait de se sentir constitue précisément la manière dont nous sommes corporels. Être corporel ne veut pas dire qu’une âme porterait comme en appendice une masse nommée corps, mais que le fait de se sentir implique le corps à l’avance inhérent à notre soi, si bien que par sa disponibilité à tel ou tel état [Zuständlichkeit] le corps est répandu dans tout nous-même. Nous n’ « avons » pas un corps à la façon par exemple dont nous portons un canif dans notre poche; le corps [Leib] n’est pas non plus un corps [Körper] qui ne ferait que nous accompagner et dont nous constaterions dans le même temps, expressément ou non, la réalité donnée [Vorhandenheit]. Nous n’ « avons » pas un corps, en revanche nous « sommes » corporels.

A l’essence de cet être appartient le sentiment en tant que le se-sentir. C’est ce sentiment qui effectue à l’avance l’investissement implicatif du corps dans notre existence [einbehaltender Einbezug des Leibes]. Mais parce que le sentiment en tant que le se-sentir constitue à chaque fois de façon essentiellement [96] identique le fait d’avoir un sentiment pour l’étant dans sa totalité, chaque disponibilité corporelle à tel ou tel état se ressent des oscillations propres à la manière dont nous avons ou non recours aux choses autour de nous, et aux hommes avec nous. Un embarras gastrique, entraînant de la mauvaise humeur, peut assombrir toutes choses. Ce qui semble indifférent d’ordinaire, est soudain contrariant et dérangeant. Ce qui d’ordinaire se fait aisément, soudain est bloqué. La volonté peut sans doute intervenir et mater la mauvaise humeur, elle ne saurait immédiatement susciter ni créer une humeur contraire : car les états d’humeur ne peuvent être vaincus et changés que par d’autres états d’humeur. Ce qu’il y a d’essentiel à retenir ici, c’est que le sentiment n’est en rien ce qui se déroule à l’ « intérieur », mais qu’il est ce genre fondamental de notre existence en vertu duquel et conformément auquel nous sommes toujours et déjà soulevés, emportés par-delà nous-même dans l’étant qui, d’une façon ou d’une autre, nous concerne ou ne nous concerne pas dans sa totalité. Jamais l’état d’humeur n’est le simple fait d’être disposé [Gestimmtsein] dans une intériorité pour soi, mais il est tout d’abord un se-laisser-prédisposer [ein sich-Bestimmen und Stimmenlassen] d’une façon ou d’une autre à l’humeur, dans l’humeur [in der Stimmung], L’état d’humeur est précisément le genre fondamental selon lequel nous sommes extérieurement à nous-mêmes. Or c’est ainsi que nous sommes constamment et réellement.

Dans tout ceci oscille l’état du corps, état qui nous soulève par-delà nous-mêmes, ou qui laisse l’homme s’empêtrer en lui-même et s’émousser. Nous ne sommes pas d’abord vivants, ni n’avons en outre un appareil nommé corps, mais nous vivons du fait que nous « corporons » [leiben]. Ce « corporer » est quelque chose d’essentiellement autre que le simple fait d’être pourvu d’un organisme. La plupart des choses que nous connaissons du corps et de son « corporer », telles que les sciences nous l’apprennent, ne sont que des constatations dans lesquelles le corps est à l’avance mésinterprété comme purement physique; maintes choses s’y révèlent, – sauf que ce qu’il y a d’essentiel et de décisif échappe toujours au regard et à la prise; et la recherche ultérieure, dans sa course après le « psychique » qui reviendrait au corps, préalablement mésinterprété en tant que corps physique, n’a fait que se méprendre sur le véritable état des choses.

Chaque sentiment est un « corporer » que dispose telle ou telle humeur, une humeur corporant de telle ou telle façon. L’ivresse est un sentiment, et cela en un sens d’autant plus [97] authentique que l’unité de la « corporante » disposition d’humeur [leibenden Gestimmtsein] y règne de façon plus essentielle. De quelqu’un pris de boisson nous ne pouvons que dire : il est gris, il est soûl, il a une « cuite », non pas : il est enivré [berauscht]. Ce que nous entendons par là n’est, selon l’expression vulgaire, que le fait d’être « pochard », de prendre une « cuite », qui précisément prive de toute possibilité de l’état où l’on se dépasse soi-même. [GA6T1EN:95-97]

Krell

Where is the physiological, or what pertains to bodily states, in this? Ultimately we dare not split up the matter in such a way, as though there were a bodily state housed in the basement with feelings dwelling upstairs. Feeling, as feeling oneself to be, is precisely the way we are corporeally. Bodily being does not mean that the soul is burdened by a hulk we call the body. In feeling oneself to be, the body is already contained in advance in that self, in such a way that the body in its bodily states permeates the self. We do not “have” a body in the way we carry a knife in a sheath. Neither is the body a natural [99] body that merely accompanies us and which we can establish, expressly or not, as being also at hand. We do not “have” a body; rather, we “are” bodily. Feeling, as feeling oneself to be, belongs to the essence of such Being. Feeling achieves from the outset the inherent internalizing tendency of the body in our Dasein. But because feeling, as feeling oneself to be, always just as essentially has a feeling for beings as a whole, every bodily state involves some way in which the things around us and the people with us lay a claim on us or do not do so. When our stomachs are “out of sorts” they can cast a pall over all things. What would otherwise seem indifferent to us suddenly becomes irritating and disturbing; what we usually take in stride now impedes us. True, the will can appeal to ways and means for suppressing the bad mood, but it cannot directly awaken or create a countermood: for moods are overcome and transformed always only by moods. Here it is essential to observe that feeling is not something that runs its course in our “inner lives.” It is rather that basic mode of our Dasein by force of which and in accordance with which we are always already lifted beyond ourselves into being as a whole, which in this or that way matters to us or does not matter to us. Mood is never merely a way of being determined in our inner being for ourselves. It is above all a way of being attuned, and letting ourselves be attuned, in this or that way in mood. Mood is precisely the basic way in which we are outside ourselves. But that is the way we are essentially and constantly.

In all of this the bodily state swings into action. It lifts a man out beyond himself or it allows him to be enmeshed in himself and to grow listless. We are not first of all “alive,” only then getting an apparatus to sustain our living which we call “the body,” but we are some body who is alive.1 Our being embodied is essentially other than merely being encumbered with an organism. Most of what we know from the [100] natural sciences about the body and the way it embodies are specifications based on the established misinterpretation of the body as a mere natural body. Through such means we do find out lots of things, but the essential and determinative aspects always elude our vision and grasp. We mistake the state of affairs even further when we subsequently search for the”psychical” which pertains to the body that has already been misinterpreted as a natural body.

Every feeling is an embodiment attuned in this or that way, a mood that embodies in this or that way. Rapture is a feeling, and it is all the more genuinely a feeling the more essentially a unity of embodying attunement prevails. Of someone who is intoxicated we can only say that he “has” something like rapture. But he is not enraptured. The rapture of intoxication is not a state in which a man rises by himself beyond himself. What we are here calling rapture is merely – to use the colloquialism – being “soused,” something that deprives us of every possible state of being.

Original

[…] Wo bleibt das Physiologische, das Leibzuständliche? Am Ende dürfen wir nicht so trennen, als hauste in einem unteren Stockwerk ein Leibzustand und im oberen das Gefühl. Das Gefühl als das Sichfühlen ist gerade die Weise, wie wir leiblich sind; leiblich sein heißt nicht, daß einer Seele noch ein Klotz, genannt Leib, angehängt sei, sondern im Sichfühlen ist der Leih im vorhinein einbehalten in unser Selbst, und zwar so, daß er in seiner Zuständlichkeit uns selbst durchströmt. Wir »haben« einen Leib nicht so, wie wir das Messer in der Tasche tragen; der Leib ist auch nicht ein Körper, der uns nur begleitet und den wir dabei zugleich, ausdrücklich oder nicht, als auch vorhanden feststellen. Wir »haben« nicht einen Leib, sondern wir »sind« leiblich. Zum Wesen dieses Seins gehört das Gefühl als das Sichfühlen. Das Gefühl leistet im vorhinein den einbehaltenden Einbezug des Leibes in unser Dasein. Weil aber das Gefühl als Sichfühlen gleichwesentlich je das Gefühlhaben für das Seiende im Ganzen ist, deshalb schwingt in jeder Leibzuständlichkeit jeweils eine Weise mit, wie wir auf die Dinge um uns und die Menschen mit uns ansprechen oder nicht ansprechen. Eine Magen-»Verstimmung« kann eine Verdüsterung über alle [118] Dinge legen. Was sonst als gleichgültig erscheint, ist plötzlich ärgerlich und störend. Was sonst spielend geht, stockt. Der Wille kann sich zwar ins Mittel legen, er kann die Verstimmung niederhalten, aber er kann nicht unmittelbar die Gegenstimmung erwecken und schaffen: denn Stimmungen werden immer nur durch Stimmungen wieder überwunden und verwandelt. Wesentlich bleibt hier zu beachten: das Gefühl ist nichts, was nur im »Innern« sich abspielt, sondern das Gefühl ist jene Grundart unseres Daseins, kraft deren und gemäß der wir immer schon über uns weggehoben sind in das so und so uns angehende und nicht angehende Seiende im Ganzen. Stimmung ist nie ein bloßes Gestimmtsein in einem Innern für sich, sondern ist zuerst ein so und so sich Be-stimmen- und Stimmenlassen in der Stimmung. Die Stimmung ist gerade die Grundart, wie wir außerhalb unserer selbst sind. So aber sind wir wesenhaft und stets.

In all dem schwingt der Leibzustand, hebt uns mit über uns weg oder läßt den Menschen sich in sich selbst verfangen und stumpf werden. Wir sind nicht zunächst »lebendig« und haben dann dazu noch eine Apparatur, genannt Leib, sondern wir leben, indem wir leiben. Dieses Leiben ist etwas wesentlich anderes als nur ein Behaftetsein mit einem Organismus. Das Meiste, was wir in der Naturwissenschaft vom Leib und seinem Leiben kennen, sind Feststellungen, bei denen der Leib zuvor zum bloßen Körper mißdeutet wird. Dabei läßt sich sehr viel finden, nur ist das Wesentliche und Bestimmende immer schon außerhalb des Blickes und des Griffes; das hinterherlaufende Suchen nach dem »Seelischen« zu dem vorher als Körper mißdeuteten Leib hat den Sachverhalt schon verkannt.

Jedes Gefühl ist ein so und so gestimmtes Leiben, eine so und so leibende Stimmung. Der Rausch ist ein Gefühl, und er ist um so echter ein Gefühl, je wesentlicher die Einheit des [119] leibenden Gestimmtseins herrscht. Von einem völlig Betrunkenen können wir nur sagen: er »hat« einen Rausch; er ist aber nicht berauscht. Der Rausch ist hier nicht der Zustand, in dem er bei sich selbst über sich hinaus ist, sondern was wir hier Rausch nennen, ist nach dem gemeinen Ausdruck eine bloße »Besoffenheit«, die gerade jede Möglichkeit des Zustandes raubt. [GA6T1:117-119]

  1. Wir leben, indem wir leiben, “we live in that we are embodied.” Heidegger plays with the German expression wie man leibt und lebt, “the way somebody actually is,” and I have tried to catch the sense by playing on the intriguing English word “somebody.” Heidegger makes this play more than once: see NI, 565 (volume III of this series, p. 79); see also Early Greek Thinking, p. 65.[]