GA66:93 – O ser-aí “do” homem

Casanova

Também nesse caso é preciso pensar o genitivo em termos da história do seer. O ser-aí é “do” homem, a-propriado para sua essência no sentido de uma transformação essencial determinada de antemão e unicamente pelo seer; o homem é apropriado em meio ao acontecimento desse modo essencial para o seer.

O ser-aí — os sítios essenciais da reviravolta essencial do homem para a custódia da verdade do seer.

O ser-aí denomina a distinção em termos da história do seer própria ao homem; e isso de tal modo, em verdade, que o ser-aí não se mostra como nada “humano” enquanto “produto”, “postura” e “comportamento”, mas como “humano” apenas no sentido de que o ser-aí requisita o homem para a transformação essencial1.

Ser-aí sustentável apenas insistentemente (na história do seer como acontecimento apropriativo) e fundando o ab-ismo. Nunca se pode encontrar previamente o ser-aí; nunca “mostrá-lo”.

A insistência nele que acontece apropriativamente e se mostra como ressurgente permanece o sinal do quão longe o homem se arroja ousadamente em sua história essencial, a fim de ser nela e ela. (p. 260)

Picotti C

Emad & Kalary

  1. O ser-aí no homem — o homem no ser-aí.[↩]
  2. El ser-ahí en el hombre — el hombre en el ser-ahí.[↩]
  3. Da-sein in manman in Da-sein.[↩]
Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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