GA65:51 – vontade

tradução do inglês

Vamos falar da era da completa ausência de questionamento, uma era cuja extensão temporal se estende para trás e para frente, muito além do que acontece hoje. Nesta época, nada de essencial – supondo que essa determinação ainda faça sentido – é impossível ou inacessível. Tudo “é feito” e “pode ser feito”, se apenas a “vontade” para isso for convocada. No entanto, o que desde o início não é reconhecido e nem um pouco questionado é que essa “vontade” é precisamente o que de antemão já postulou e reduziu o que pode ser possível e especialmente o que pode ser necessário. Pois, esta vontade que faz tudo se comprometeu antecipadamente com a maquinação, ou seja, com a interpretação dos entes como representáveis e representados. Representável significa, por um lado, acessível em opinião e cálculo e, por outro lado, proporcionável em produção e implementação. Tudo isto é pensado com base no fato de que os entes como tais são os representados, e apenas o representado é um ente. O que parece se opor e limitar a maquinação é, para a maquinação ela mesma, meramente material para trabalho posterior, um ímpeto para o progresso e uma oportunidade para expansão e aumento. Dentro da maquinação, não há nada digno de questionamento, nada que pudesse ser considerado digno através de questionamento como tal, único considerado digno e, portanto, iluminado e elevado à verdade. [GA65:§51; GA65RV]

Casanova

Dina Picotti

Rojcewicz & Vallega-Neu

Fédier

Original

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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