GA65:276 – pertencimento do homem

Casanova

(…) O homem pertence enquanto um ente ao ente e está submetido, assim, à mais universal determinação de que ele é e de que ele é de tal e tal modo. A questão é que isso não distingue o homem enquanto homem, mas apenas o equipara enquanto ente a todo ente. O homem, porém, pode pertencer ao seer (não apenas ao ente), na medida em que ele cria a partir desse pertencimento e precisamente a partir dele a sua essência mais originária: o homem compreende o seer (cf. Ser e tempo); ele é o guarda-posto do projeto do seer, a guarda da verdade do seer constitui isso a partir do seer e “apenas” a partir dessa essência concebida do homem. O homem pertence ao seer como aquele que é apropriado pelo próprio seer em meio ao acontecimento para a fundação de sua verdade. Assim apropriado, ele é entregue à responsabilidade do seer; ao mesmo tempo, tal responsabilidade remete a conservação e a fundação da essência do homem para aquilo que o homem precisa primeiro transformar para si em propriedade, aquilo com relação ao que ele precisa ser mais próprio e mais impróprio: para o ser-aí, o que significa a própria fundação da verdade, o a-bismo exposto e sustentado pelo seer (acontecimento apropriador). [GA65PT:483-484]

Fédier

Emad & Maly

Original

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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