GA65:177 – Weg-sein – ser alhures

Casanova

Estar-ausente, portanto, ter ido embora; junto a esse significado, é preciso simplesmente equiparar a ἀποὐσία em face da παροὐσία, ser-aí = ser presente à vista (cf. levar embora = levar consigo).

Por outro lado, logo que o ser-aí é concebido de maneira essencialmente diversa, também o estar ausente lhe é correspondente.

O ser-aí: suportar a abertura do encobrir-se. O estar ausente: empreender o fechamento do mistério e do ser, esquecimento do ser. E isso acontece no estar ausente de acordo com o significado: estar louco por e apaixonado por algo, perdido junto a ele.

O estar ausente neste sentido em primeiro lugar, onde se dá o ser-aí. Ausente: o afastamento, o alijamento do seer, aparentemente apenas do “ente” para si. Nisso ganha voz por outro lado a ligação essencial do ser-aí com o seer. Nós somos na maioria das vezes e em geral ainda no estar ausente, precisamente na “proximidade com a vida”.

Essa “explicitação” poderia ser facilmente apresentada como um caso exemplar de como se “filosofa” aqui a partir de meras “palavras”. Mas trata-se do oposto: o estar ausente transforma-se na denominação de um modo essencial de o homem se comportar em relação a e de se manter em relação com o ser-aí, e, em verdade, necessariamente; e esse ser-aí mesmo experimenta com isso uma determinação necessária. [GA65PT:294]

Fédier

Emad & Maly

Original

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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