GA65:176 – Ser-aí – homem

Casanova

“O ente”, porém, não é o “homem” e o ser-aí o seu modo de ser (assim ainda levemente induzindo em incompreensões em Ser e tempo), mas o ente é o ser-aí como fundamento de um ser humano determinado, do ser humano por vir, não do “homem” em si; também não impera uma clareza suficiente quanto a isso em Ser e tempo.

O discurso sobre o “ser-aí humano” (em Ser e tempo) induz nessa medida em erro, uma vez que acaba tornando natural a opinião de que havería um “ser-aí” animal, um “ser-aí” das plantas.

“Ser-aí humano” – “humano” significa aqui não a restrição específica e a particularização do “ser-aí” em geral (como presença à vista), mas a unicidade do ente, o homem, para o qual apenas o ser-aí é próprio. Mas como?

Ser-aí – o ser que distingue o homem em sua possibilidade, portanto, não se precisa mais de modo algum do adendo “humano”. Em que possibilidade? Em sua possibilidade extrema, a saber, na possibilidade de ser ele mesmo o fundador e o guardião da verdade.

Ser-aí – o que ao mesmo tempo sub-funda e ultrapassa o homem. Por isto, o discurso acerca do ser-aí no homem como acontecimento daquela fundação.

No entanto, também se podería dizer: o homem no ser-aí. O ser-aí “do” homem. [GA65:§176; GA65PT:293]

Fédier

Emad & Maly

Original

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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