GA65:136 – Wirklich – efetivo

Casanova

Caso ainda seja permitido caracterizar para um entendimento imediato o seer do “ente”, então recorreremos aqui ao efetivamente real como o propriamente ente. O efetivo é o que conhecemos como o que se presenta, o constante.

No outro início, porém, o ente nunca é o efetivo no sentido desse ente “atual”. Mesmo lá onde ele vem ao encontro constantemente, para o projeto originário da verdade do seer, esse ente é o que há de mais fugidio.

Efetivo, isto é, essente, é o lembrado e é ainda o pronto. Lembrança e preparação abrem o campo de jogo temporal do seer, para o qual o pensar precisa abjurar a “atualidade” como a única e primeira determinação até aqui. (Porque é aqui que reside o campo de decisão imediato sobre a verdade do seer, o salto para o outro início precisou ser tentado como Ser e tempo). Todavia, se gostaria ainda de deixar a partir da concepção habitual do tempo (desde Aristóteles – Platão) o νῦν em seu primado, deduzindo apenas a partir de sua modulação o passado e o futuro; e isso sobretudo porquanto a lembrança só pode ser lembrada a partir de e em recurso a algo atual e a algo atual em seu sido, e sobretudo porquanto algo futuro não tem senão a determinação de se tomar algo atual.

Ainda que o atual nunca seja algo nulo e tenha a sua parcela na fundação da lembrança e da preparação, isso só se mostra de qualquer modo assim, se a atualização do a cada vez presente já for suportada e afinada inteiramente pela lembrança e pela preparação, a partir de cuja intimidade nunca pode cintilar senão o presente. Experimentado originariamente, ele não tem como ser calculado segundo o seu caráter fugidio, mas sim segundo a sua unicidade. Esse é o novo e essencial conteúdo da constância e da presentação a serem determinadas a partir de lembrança e preparação. (p. 253)

Picotti

Emad & Maly

Rojcewicz & Vallega-Neu

Original

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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