Criar – no sentido mais amplo aqui visado – significa todo abrigo da verdade no ente. GA65 (Casanova): 7
O ser-aí acontece nos modos do abrigo da verdade a partir da garantia do acontecimento apropriador clareado e velado. GA65 (Casanova): 10
O abrigo da verdade deixa que o verdadeiro se abra e se dissimule como o ente. GA65 (Casanova): 10
Retenção afina o respectivo instante fundante de um abrigo da verdade no ser-aí futuro do homem. GA65 (Casanova): 13
A reunião na tranquilidade e o abrigo da verdade. GA65 (Casanova): 13
Abrigo da verdade e seu desdobramento na ocupação e na lida. GA65 (Casanova): 13
Porque a filosofia é tal meditação, ela salta de antemão para o interior da decisão extrema em geral possível e domina também de antemão com sua abertura todo abrigo da verdade no ente e como ente. GA65 (Casanova): 16
Pois isto é o que há de mais essencial, o fato de que a abertura enquanto clareira faz com que o velar-se aconteça e só então o abrigo da verdade recebe o seu fundamento e seu aguilhão. GA65 (Casanova): 21
Mas há uma renúncia que não apenas mantém firme, mas até mesmo conquista por meio do combate e suporta o sofrimento, aquela renúncia que emerge como a prontidão para a recusa, a retenção desse elemento estranho, que se essencia de tal modo como o próprio seer, aquele em meio ao ente e à deização, que arranja um espaço para o entre aberto, em cujo campo de jogo temporal o abrigo da verdade no ente e a fuga e chegada dos deuses se convertem um no outro. GA65 (Casanova): 26
A missão, porém, à luz e na via da decisão: o abrigo da verdade do acontecimento apropriador a partir da retenção do ser-aí na grande tranquilidade do seer. GA65 (Casanova): 45
O acometimento do seer, que é conferido ao homem histórico, nunca se anuncia para esse homem de maneira imediata, mas sim de maneira velada nos modos do abrigo da verdade. GA65 (Casanova): 120
Não como se a partir do pensar (enunciado) a essência do seer fosse determinável, mas porque aqui, no saber em torno do acontecimento apropriador, a abertura do fosso abissal do ser é escalada e atravessada mais amplamente, de tal modo que as possibilidades do abrigo da verdade no ente podem ser mensuradas mais extensamente. GA65 (Casanova): 120
Em que figura o acometimento do seer é colocado e preservado pela primeira vez fornece o sinal prévio do âmbito para o abrigo da verdade do deus que está chegando e fugindo. GA65 (Casanova): 139
É preciso lembrar aqui que o abrigo é sempre a contestação da contenda entre mundo e terra, que mundo e terra solapam um ao outro em se sobrelevando, que é em sua oposição que transcorre de antemão e antes de tudo o abrigo da verdade. GA65 (Casanova): 152
Insuficientemente indicado na impropriedade, na medida em que a propriedade não deve ser compreendida de maneira moral e existenciária, mas ontológico-fundamental como indicação do ser-aí, no qual o aí é constituído a cada vez a partir de um modo do abrigo da verdade (de maneira pensante, poetante, construtiva, por meio de liderança, sacrifício, sofrimento e júbilo). GA65 (Casanova): 177
Somente na sondagem do solo do acontecimento apropriador é que tem sucesso a jurisdicionalidade do ser-aí nos modos e nos caminhos do abrigo da verdade no ente. GA65 (Casanova): 188
Nosso saber só se estende até onde chega a jurdisdicionalidade do ser-aí, isto é, a força do abrigo da verdade no ente configurado. GA65 (Casanova): 193
Ao contrário, a sondagem do solo do acontecimento apropriador acontece muito mais como abrigo da verdade no ente e como ente e, assim, a relação é, se é que uma comparação ainda seria em geral possível, o que não procede, uma relação inversa. GA65 (Casanova): 199
O aí “é” o homem apenas como homem histórico, isto é, fundador de história, que insiste no aí sob o modo do abrigo da verdade no ente. GA65 (Casanova): 202
A fundação do ser-aí acontece como abrigo da verdade no verdadeiro, que só assim vem a ser. GA65 (Casanova): 219
A contenda e o abrigo da verdade do acontecimento apropriador. GA65 (Casanova): 238
Ele só traz a si mesmo para o seu aberto no acontecimento do abrigo da verdade de acordo com a via respectivamente necessária do abrigo. GA65 (Casanova): 239
Algo desse gênero só emerge do abrigo da verdade e, com isso, do tempo-espaço no ente e, com efeito, de saída, no ente presente à vista como coisa que se transforma. GA65 (Casanova): 242
O tempo-espaço é o repouso que reúne de maneira arrebatadoramente extasiante e fascinante, o a-bismo assim reunido e correspondentemente afinado, cuja essenciação se torna histórica na fundação do “aí” por meio do ser-aí (suas vias essenciais do abrigo da verdade). GA65 (Casanova): 242
O que precisa ser distinto de antemão é: 1) A história que essencialmente foi de topos e kronos no interior da interpretação do ente como physis com base na aletheia não desdobrada; 2) O desdobramento de espaço e tempo a partir do tempo-espaço expressa e originariamente concebido enquanto a partir do abismo do fundamento no interior do pensar do outro início; 3) O apoderamento do tempo-espaço como essenciação da verdade no interior da fundação por vir do ser-aí através do abrigo da verdade do acontecimento apropriador no ente que se reconfigura por meio daí; 4) A clarificação propriamente dita, a dissolução ou o afastamento das dificuldades, que envolveram desde sempre na história do pensamento até aqui aquilo que se conhece como espaço e tempo; por exemplo, a questão acerca da “realidade efetiva” do espaço e do tempo; acerca de sua “infinitude”, acerca de sua relação com as “coisas”. GA65 (Casanova): 242
O contramovimento precisa ser tomado da maneira mais segura possível, de tal modo que espacialidade e temporalidade da coisa, do utensílio, da obra, da maquinação e do todo do ente possam se tornar visíveis como abrigo da verdade em uma interpretação. GA65 (Casanova): 242
Pois o abrigo da verdade no ente não nos lembra demais a configuração da “ideia”, do eidos na hyle? Mas já o modo de falar “abrigo da verdade no ente” induz em erro, como se a verdade já pudesse ser sempre de antemão por si “verdade”. GA65 (Casanova): 243
[Verdade e abrigo] Pertence a todo abrigo da verdade no ente, de uma maneira a cada vez diversa, projeto e execução. GA65 (Casanova): 245Abrigo da verdade como crescimento de volta para o cerramento da terra. GA65 (Casanova): 245
Tornar acessível o abrigo da verdade a partir de seus modos mais imediatos da ocupação, correspondendo a espaço e tempo. GA65 (Casanova): 246
[Fundação do ser-aí e as vias do abrigo da verdade] Deduzida desse âmbito e, por isso, pertencente a ele, a questão isolada acerca da “origem da obra de arte”. GA65 (Casanova): 247Será que, então, o tempo dos deuses se dissipará e a recaída na mera vida de seres pobres de mundo começará, seres esses para os quais a terra restará apenas como o explorável? Retenção e silêncio serão os festejos mais íntimos do último deus, e o próprio modo do confiar na simplicidade das coisas e a própria corrente da intimidade se apoderarão do arrebatamento extasiante e fascinante de suas obras, deixando o abrigo da verdade se tornar o que há de mais velado e emprestando-lhe o presente único. GA65 (Casanova): 252
E isso novamente a cada vez apenas historicamente nos níveis e âmbitos e graus do abrigo da verdade no ente, através do qual somente este se torna novamente mais ente, em meio a todo o extinguir-se no não ente, um extinguir-se que é sem medida, mas dissimulado. GA65 (Casanova): 256
Nós precisamos ao mesmo tempo saber e nos manter junto ao fato de o abrigo da verdade em meio ao ente e, com isso, de a história da guarda do deus serem exigidos pela primeira vez pelo próprio deus e do modo como ele precisa de nós como fundadores do ser-aí; o que é exigido não é apenas uma tábua de mandamentos, mas o deus de maneira mais originária e essencial de tal modo que o seu passar ao largo exija uma estabilização do ente e, com isso, do homem em meio ao ente; uma estabilização, na qual pela primeira vez o ente, a cada vez na simplicidade de sua essência reconquistada (como obra, utensílio, coisa, ato GA65 (Casanova): 256