GA63:5-6 – coisas há aí somente onde há olhos

Renato Kirchner

Propor questões·, questões não são ocorrências; questões são tampouco “problemas” hoje em dia em uso, que “impessoalmente” assume ao acaso pelo que se ouve dizer e se lê nos livros ou que se acompanha pelo gesto de serem pensados em tão grande profundidade. Questões surgem na discussão e confronto com as “coisas”. E coisas há aí somente onde há olhos.

É assim que deverão ser “colocadas” aqui algumas questões, e muito mais na medida em que atualmente o questionamento caiu em desuso por causa do enorme negócio em relação aos “problemas”. Além disso, trabalha-se em geral na intenção de solapar questionamentos e sua intenção é cultivar a modéstia de uma fé cega. Declara-se que o sacrum (sagrado) é a lei da essência e, com isso, é levada a sério em sua época por sua fragilidade e falta de mercado que disso necessita. O único que interessa é o funcionamento sem atritos no que diz respeito ao “negócio”! Tornou-se maduro para a organização de falsidade. A filosofia interpreta sua própria corrupção como “ressurgimento da metafísica”.

O companheiro em minha a busca foi o jovem Lutero e o modelo Aristóteles, a quem Lutero odiava. Os impulsos me foram dados por Kierkegaard e foi Husserl quem me abriu os olhos. Isso se dirige àqueles que só “compreendem” algo quando podem fazer a conta das influências históricas, essa pseudo compreensão da curiosidade laboriosa, ou seja, essa aversão à única coisa que de maneira decisiva realmente importa. Àqueles que se comportam dessa maneira deve-se facilitar a “tendência compreensiva”, de modo que eles possam afundar-se por si mesmos. Deles nada se deve esperar. Eles preocupam-se unicamente pelo pseudo.

Aspiunza

Jean Greisch

John van Buren

Original

  1. Und Sachen sind nur da, wo Augen sind: «…sind da» significa «hay», pero es literalmente «son = están aquí»; de ahí que, considerando el énfasis puesto en da, haya que decir, aunque resulte un poco forzado, «hay aquí». (N. del T.)[↩]
  2. Betrieb: también «ajetreo», «activismo», «rutina». (N del T.)[↩]
Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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