GA61:32-34 – indicação formal

Giachini

Enquanto indicativa, a definição é caracterizada igualmente como uma tal definição que precisamente não fornece plena e propriamente o objeto a ser determinado, mas apenas indica, enquanto autenticamente indicativa, e o expõe de maneira precisamente principial. Na indicação está implícito que a concreção não se dá sem mais, mas representa uma tarefa toda própria e uma tarefa para uma realização com uma constituição própria. Correspondentemente a isso, o conteúdo definitório deve ser conquistado, assim, como princípio. O seguinte caráter da definição fornece a indicação positiva de que ela é uma definição indicativa “formal”. [Visto a partir do verdadeiro, o expoente tem o caráter de uma origem genuína, expressamente porém decaiu primordial e necessariamente, mas na decaída (Abfall) é mantido firme de forma genuína.]

“Indicado formalmente” não significa, de algum modo, apenas representado, tido em mente, apontado (angedeutet), que estaria livre para receber o próprio objeto em algum lugar qualquer e de modo qualquer no ter; mas indicado de tal modo que aquilo que é dito tem o caráter do “formal”, impróprio (uneigentlich), mas justo nesse “in” está igualmente de forma positiva o assinalar (Anweisung). O vazio de conteúdo em sua estrutura de sentido é igualmente aquilo que dá a direção de execução.

Na indicação formal encontra-se uma ligação bem determinada; nela se diz que eu me encontro nessa, numa direção de princípio bem determinada, que, se quiser chegar ao verdadeiro e próprio, só há o caminho de provar e realizar o que foi indicado impropriamente, seguir a dica. um provar, um sacar dele: justo um tal que, quanto mais lança mão, não menos alcança (retirando), mas, ao contrário, quanto mais radical a compreensão do vazio como sendo assim formal, tanto mais rico se torna, porque é tal que conduz ao concreto.

Não é permitido portanto ajudar à dica de maneira distorcida. Para o caráter da dica e da remissão, a determinação “formal” significa algo decisivo! Objeto “vazio” significa: (42) e no entanto decisivo! Não arbitrário e sem principiar, mas justo “vazio” e determinando direção, indicando, ligando.

Para apreender plenamente o sentido será preciso uma interpretação radical do próprio “formal”: sentido existenciário do formal. O contrário não é “material”, matéria casual. Formal não é tampouco igualmente eidético; cujo emprego na explicitação do universal geral é problemático na fenomenologia. “Formal” fornece o “caráter do principiar” da execução da temporalização da realização originária do que foi indicado.

O conteúdo definitório é de tal modo que remete ao como do encontro verdadeiro, da determinação, formulação, formação verdadeiras. Essa jaz na formação interna realizada no fenômeno pleno. O conteúdo delimita-se “extensivamente”, mas sobretudo porque é “intensivo”, tendendo à realização, e de forma genuína, os fenômenos genuínos são determinados decisivamente. O verdadeiro compreender principiante não é apreender do sentido do ser em sentido pleno, mas justamente o caráter do principiar, porém esse e justo esse. Estar no ponto de salto ou empenhar-se totalmente decidido para isso!

“Formal”, o “formal” é um tal conteúdo que remete as dicas na direção, prelineia o caminho. Aqui, na filosofia, não se deve separar “indicativo-formal”. O formal não é “forma” e dica de seu conteúdo; “formal” é principiar da determinação; caráter do iniciar!

O próprio objeto, determinado no como do ser princípio, está ali impropriamente, “indicado formalmente”; vive-se no ter impróprio que toma sua específica direção de realização rumo à temporalização do ter autêntico, um ter determinado como verdadeiro e próprio justamente através do tomar esse direcionamento. Junto a alguns objetos, o ter próprio é um ser num sentido radical, isto é, o ser específico daquilo que a cada vez é o realizável, da temporalização para a existência.

Richard Rojcewicz

Original

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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