GA6 – vontade de vontade

Vontade de poder é, então, vontade de vontade, ou seja, querer é: querer a si mesmo. GA6MAC I

Pois, como vontade de poder, a “vontade” é poder para o poder ou, como também podemos dizer, vontade de vontade, vontade de permanecer em cima e de poder comandar. GA6MAC V

Na medida, porém, em que comandar é um obedecer a si mesmo, a vontade, correspondendo à essência do poder, pode ser igualmente concebida como vontade de vontade. “ GA6MAC VI

Se, porém, o poder é com isso a cada vez poder para o poder e a vontade a cada vez vontade de vontade, então poder e vontade não são de qualquer modo o mesmo? Eles são o mesmo no sentido da copertinência essencial à unidade de uma essência. GA6MAC VI

A unidade de vontade de poder e eterno retorno do mesmo significa: a vontade de poder é, em verdade, a vontade de vontade, em cuja determinação a metafísica da subiectidade (cf. GA6MAC VIII

Na objetivação, o próprio homem e tudo o que é humano se transformam em um mero fundo de reserva que, computado psicologicamente, é inserido no processo de trabalho da vontade de vontade, por mais que os indivíduos ainda possam se arrogar aí como livres e por mais que outros indivíduos possam interpretar esse processo como um processo puramente mecânico. GA6MAC VIII

Ser é vontade de vontade. GA6MAC VIII

Vontade – como um obter-se que aspira a si mesmo segundo (de acordo com) uma re-presentação de si mesmo (a vontade de vontade). GA6MAC IX

[797] No que concerne à verdade do ente (enquanto entidade), a “consciência” (enquanto vontade de vontade) precisa ser experimentada como acontecimento apropriativo do ser. GA6MAC IX

 

 

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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