GA55:11-12 – polis

No caso de Heráclito, não é certo que renunciar ao πολιτεύεσθαι também implique renunciar à πόλις. E se, no modo grego de pensar, a forma mais elevada de cuidar da πόλις fosse cuidar da presença dos deuses? (Wie, wenn, griechisch gedacht, die Sorge um die Anwesenheit der Götter die höchste Sorge um die πόλις wäre?) Na verdade é isso. Pois — sempre pensando de modo grego — a πόλις é o pólo e a sede em torno dos quais giram tanto o aparecimento essencial dos entes (Erscheinen
des wesenhaft Seienden), como também o não-essencial (Unwesen) de todo ente. Ainda segundo o modo grego de pensar, é cuidando da proximidade essencial dos deuses que o pensador se mostra um homem “político”, em sentido próprio. (GA55PT:27)

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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