GA5:78-79 – universidade

O investigador é impelido necessariamente para o círculo da figura essencial de técnico, num sentido essencial. [107] Só assim é que continua a ser eficaz e, deste modo, efectivo no sentido da sua era. O romantismo da erudição e da universidade, que se torna cada vez mais raro e cada vez mais vazio, pode ainda manter-se por mais algum tempo e algures, à margem. No entanto, o carácter de unidade eficaz e, [79] assim, a efectividade da universidade não reside num poder espiritual de união originária das ciências, que dela emana por ser por ela alimentado e nela guardado. A universidade é efectivamente real como uma instituição que torna possível e visível, ainda numa forma peculiar, porque administrativamente fechada, a dispersão das ciências na particularização e na unidade particular das empresas. É porque as autênticas forças essenciais da ciência moderna chegam à eficácia na empresa, de um modo imediatamente inequívoco, que também só as empresas de investigação, que crescem espontaneamente, podem indicar e instalar, a partir de si, a unidade interior com as outras, que lhes corresponde. (GA5:DZW)

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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