- Casanova
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Casanova
Podemos sintetizar a tese metafísica fundamental de Hegel e sua metafísica em geral na sentença: “Segundo o meu ponto de vista, que só pode se justificar por meio da apresentação do próprio sistema, tudo depende de conceber e expressar o verdadeiro não apenas como substância, mas do mesmo modo também como sujeito”.1 O verdadeiramente ente não é para ser concebido apenas como substância, mas também como sujeito. Isso significa: substancialidade é, em verdade, o ser do ente, mas a substancialidade precisa, para compreender o ser do ente totalmente, ser concebida como subjetividade. Com esse último título, o que é pensado no sentido moderno do conceito é o elemento egoico. Mas subjetividade não é aqui a egoidade do eu empírico imediatamente conhecido das pessoas finitas particulares, mas o sujeito absoluto, o puro e simples conceber a si mesmo do todo do ente, que concebe em si e por si toda a multiplicidade do ente enquanto tal, isto é, que pode conceber mediadoramente todo o ser diverso do ente a partir de si como mediação do tornar-se diverso.2 “O fato de o verdadeiro só ser real e efetivo como sistema ou de a substância ser essencialmente sujeito, esse fato está expresso na representação, que enuncia o absoluto como espírito – o conceito mais sublime…”.3 “Só o espiritual é o efetivamente real”.4 Hegel quer dizer: o ente propriamente dito. Por conseguinte, o ser desse ente – ente como espírito – precisa fornecer ao mesmo tempo uma chave para dizer como é que o ser em geral é propriamente compreendido. [GA31MAC:136]
Original
- G. F. W. Hegel, Fenomenologia do espírito, Prefácio. WW (Edição completa realizada pelos amigos do finado). Berlim 1832. Vol. II, p. 14.[
]
- Cf. op. cit., II, 15.[
]
- Op. cit., II, 19.[
]
- Idem.[
]
- G. W. F. Hegel, Phänomenologie des Geistes, Vorrede. WW (Vollst. Ausg. durch einen Verein von Freunden des Verewigten). Berlin 1832. Bd. II, S. 14.[
]
- Vgl. a.a.O., II, 15.[
]
- a.a.O., II, 19.[
]
- Ebd.[
]