CONSIDERAÇÃO PRÉVIA
§ 1. A aparente contradição entre a questão “particular” acerca da essência da liberdade humana e a tarefa “geral” de uma introdução
a) O “particular” do tema e o “universal” de uma introdução à filosofia
b) Supressão das restrições à questão acerca da essência da liberdade humana em direção ao todo do ente (mundo e Deus) na discussão provisória da liberdade “negativa”. A peculiaridade do questionamento filosófico em sua diferença em relação ao questionamento científico
c) Interpretação aprofundadora da “liberdade negativa” como liberdade de… a partir da essência de seu caráter de ligação. O ente na totalidade necessariamente co-temático na questão acerca da liberdade humana
d) Filosofia como tornar manifesto o todo na travessia dos problemas particulares efetivamente apreendidos
PRIMEIRA PARTE – DETERMINAÇÃO POSITIVA DA FILOSOFIA A PARTIR DO CONTEÚDO DA QUESTÃO DA LIBERDADE
O PROBLEMA DA LIBERDADE HUMANA E A QUESTÃO FUNDAMENTAL DA FILOSOFIA
PRIMEIRO CAPÍTULO – Primeira irrupção do problema da liberdade na dimensão propriamente dita em Kant. O nexo do problema da liberdade com os problemas fundamentais da metafísica
§ 2. Filosofia como questionamento em direção ao cerne da totalidade. O rumo-ao-todo como o ir-às-raízes
§ 3. Discussão indicativo-formal da “liberdade positiva” a partir de um recurso à liberdade “transcendental” e à liberdade “prática” em Kant
§4. A ampliação indicada no caráter de fundação da liberdade transcendental do problema da liberdade na perspectiva do problema cosmológico: liberdade – causalidade – movimento – ente enquanto tal
§ 5. O caráter questionável de investidura da questão ampliada da liberdade e a figura tradicional da questão diretriz da filosofia. Necessidade de um questionamento renovado da questão diretriz
SEGUNDO CAPITULO – A questão diretriz da filosofia e sua questionabilidade. Explicitação da questão diretriz a partir de suas próprias possibilidades e pressupostos.
§ 6. A questão diretriz da filosofia (ti to on) como questão acerca do ser do ente
§ 7. A compreensão de ser pré-conceitual e a palavra fundamental da filosofia antiga para o ser: ousia
a) Os caracteres da compreensão pré-conceitual do ser e o esquecimento do ser
b) A plurissignificância de ousia como sinal da riqueza e da indigência dos problemas indômitos no despertar da compreensão de ser
c) O uso linguístico cotidiano e o significado fundamental de ousia: presença
d) A compreensão velada para si mesma do ser (ousia) como presentidade constante. ousia como o buscado e pré-compreendido na questão diretriz da filosofia
§ 8. Apresentação do significado fundamental velado de ousia (presentidade constante) junto à interpretação grega de movimento, ser-o-que e ser efetivamente real (presença à vista)
a) Ser e movimento. ousia como parousia do hypomenon
b) Ser e quididade. ousia como parousia do eidos
c) Ser e substância. O prosseguimento do desenvolvimento do problema do ser sob a figura do problema da substância. Substancialidade e presentidade constante
d) Ser e realidade efetiva (presença à vista). O nexo estrutural interno de ousia como parousia com energeia e actualitas
§ 9. Ser, verdade, presentidade. A interpretação grega do ser com o significado de ser verdadeiro no horizonte de ser como presentidade constante. O on os alethes como kyriotaton on (Aristóteles, Metafísica Θ 10)
a) A situação da investigação. Os significados até aqui discutidos do ser sob a caracterização da compreensão de ser e o significado insigne de ser do ser verdadeiro
b) Quatro significados de ser em Aristóteles. O alijamento do on os alethes em Metafísica Ε 4
c) A explicitação temática do on os alethes como kyriotaton na Metafísica &Theta 10 e a questão sobre o pertencimento do capítulo ao livro Θ. A conexão entre a questão textual e a questão material enquanto questão da copertinência do ser qua ser verdade com o ser qua ser efetivamente real (energeia on)
α) A rejeição do fato de Θ 10 pertencer a Θ e a tradicional interpretação do ser verdadeiro como problema da lógica e da teoria do conhecimento (Schwegler, Jaeger, Ross). A interpretação despropositada do kyriotaton como consequência dessa interpretação
β) Prova de que o capítulo 10 pertence ao livro Θ. A ambigüidade no conceito grego de verdade: verdade coisal e verdade proposicional (verdade do enunciado). A discussão temática do ser verdadeiro do ente (propriamente dito) (epi ton pragmaton), não do conhecimento, no capítulo Θ 10
d) A compreensão grega da verdade (aletheia) como desencobrimento. O ente verdadeiro (alethes on) como o ente mais propriamente dito (kyriotaton on). O ente mais propriamente dito como o simples e constantemente presente
α) A correspondência de ser e ser verdadeiro (desencobrimento). Dois tipos fundamentais do ser e os modos que lhe são correspondentes do ser verdadeiro
β) Verdade, simplicidade (unidade) e presentidade constante. O simples (adiaireta, asyntheta, apla) como o ente propriamente dito e seu desencobrimento como o modo mais elevado possível do ser verdadeiro
γ) O desencobrimento do simples como pura presentidade simples e imediata nele mesmo
e) A questão acerca do ser verdadeiro do ente propriamente dito como a questão mais elevada e mais profunda da interpretação aristotélica do ser. O capítulo Θ 10 como momento de conclusão do livro Θ e da metafísica aristotélica em geral
§ 10. A realidade efetiva do espírito em Hegel como presente absoluto
TERCEIRO CAPÍTULO – A elaboração da questão diretriz da metafísica em direção à questão fundamental da filosofia
§ 11. A questão fundamental da filosofia como a questão acerca do nexo originário de ser e tempo
§ 12. O homem como sítio da questão fundamental. Compreensão de ser como fundamento da possibilidade da essência do homem
§ 13. O caráter de abordagem da questão do ser (questão fundamental) e o problema da liberdade. A amplitude abrangente do ser (o remeter-se-ao-todo) e a singularização invasiva (o ir-às-raízes) do tempo como horizonte da compreensão de ser
§ 14. O deslocamento da perspectiva da questão: a questão diretriz da metafísica funda-se na questão acerca da essência da liberdade
SEGUNDA PARTE – CAUSALIDADE E LIBERDADE. LIBERDADE TRANSCENDENTAL E PRÁTICA EM KANT
PRIMEIRO CAPÍTULO – Causalidade e liberdade como problema cosmológico.
O primeiro caminho para a liberdade no sistema kantiano, passando pela questão acerca da possibilidade da experiência como questão acerca da possibilidade da própria metafísica
§15. Observação prévia sobre o problema da causalidade nas ciências
a) Causalidade como expressão para a questionabilidade da natureza inanimada e viva nas ciências
b) Causalidade na física moderna. Probabilidade (estatística) e causalidade
§16. Primeiro movimento para a caracterização da concepção kantiana da causalidade e de seu nexo fundamental: causalidade e ordem temporal
§17. Caracterização geral das analogias da experiência
a) As analogias da experiência como regras da determinação temporal geral do estar presente à vista do ente presente à vista no contexto da possibilitação interna da experiência
b) Os três modos temporais (permanência, sucessão e simultaneidade) como modos da intratemporalidade do ente presente à vista
c) Para a diferenciação dos princípios dinâmicos e dos princípios matemáticos
d) As analogias da experiência como regras das relações fundamentais do ser-no-tempo possível do ente presente à vista
§18. Explicitação do modo de demonstração das analogias da experiência e de seus fundamentos a partir do exemplo da primeira analogia. O significado fundamental da primeira analogia
a) A primeira analogia. Permanência e tempo
b) O fundamento questionável das analogias: a justaposição não esclarecida de tempo e “eu penso” (entendimento) em uma assunção prévia não colocada à prova da essência do homem como um sujeito finito
c) As analogias da experiência e a dedução transcendental dos puros conceitos do entendimento. A estrutura lógica das analogias da experiência e a questão de seu caráter analógico
d) Sobre o significado fundamental da primeira analogia. Permanência (substancialidade) e causalidade
§ 19. A segunda analogia. Acontecimento, ordem temporal e causalidade
a) Ocorrência (acontecimento) e ordem temporal. Análise da essência da ocorrência e possibilidade de sua percepção
b) Excurso: sobre a análise essencial e a analítica
c) Causalidade como relação temporal. Causalidade no sentido do ser causa é anteceder no tempo como deixar seguir-se determinante
§ 20. Dois tipos de causalidade: causalidade segundo a natureza e causalidade por liberdade. Caracterização do horizonte ontológico geral do problema da liberdade na determinação da liberdade como uma espécie de causalidade. O nexo entre causalidade em geral e o modo de ser da presença à vista
a) A orientação da causalidade em geral pela causalidade da natureza. Sobre a problemática da caracterização da liberdade como uma espécie de causalidade
b) Primeira prova da orientação da causalidade pelo modo de ser do ente presente à vista a partir da conseqüência enquanto o modo temporal distintivo da causalidade junto ao exemplo da concomitância de causa e efeito
c) Segunda prova da orientação da causalidade pelo modo de ser da presença à vista junto ao conceito da ação. Ação como conceito conseqüente da ligação de causa e efeito
§ 21. O lugar sistemático da liberdade em Kant
a) O lugar sistemático como nexo material, que prelineia a direção e a amplitude do questionamento
b) Os dois caminhos para a liberdade em Kant e a problemática tradicional da metafísica. O lugar da questão da liberdade no problema da possibilidade da experiência como a questão acerca da possibilidade da metafísica propriamente dita
§ 22. Causalidade por liberdade. Liberdade como ideia cosmológica
a) O problema da liberdade emerge do ou como problema do mundo. Liberdade como modo insigne da causalidade natural
b) A ideia da liberdade como “conceito transcendental de natureza”: causalidade natural absolutamente pensada
§ 23. Os dois tipos de causalidade e a antitética da razão pura na terceira antinomia
a) A tese da terceira antinomia. A possibilidade da causalidade por liberdade (liberdade transcendental) ao lado da causalidade segundo a natureza na explicação dos fenômenos do mundo como um problema universalmente ontológico
b) A antítese da terceira antinomia. A exclusão da liberdade da causalidade do curso do mundo
c) A distinção das ideias cosmológicas na questão acerca da possibilidade da metafísica propriamente dita e o interesse da razão em sua resolução
§ 24. Determinações preparatórias (negativas) para a resolução da terceira antinomia
a) O engano da razão comum no manuseio de seu princípio
b) A diferenciação entre fenômeno e coisa em si ou entre conhecimento finito e infinito como chave para a resolução do problema da antinomia
§ 25. A dissolução positiva da terceira antinomia. Liberdade como causalidade da razão: ideia transcendental de uma causalidade incondicionada. Caráter e limites do problema da liberdade no interior do problema da antinomia
a) A dissolução do problema das antinomias para além do problema do conhecimento finito como problema da finitude do homem em geral
b) O adiamento do problema da solução das antinomias na execução. A questão acerca de um ser causa dos fenômenos fora dos fenômenos e das condições do tempo. A solução da terceira antinomia na visão prévia do homem como pessoa eticamente agente
c) Caráter empírico e inteligível. O caráter inteligível como modo do ser causa da causalidade por liberdade. O caráter duplo do fenômeno e a possibilidade de duas causalidades fundamentalmente diversas com relação ao fenômeno enquanto efeito
d) A causalidade da razão. Liberdade como causalidade inteligível: ideia transcendental de uma causalidade incondicionada. A aplicação da problemática universalmente ontológica (cosmológica) ao homem como ser mundano
SEGUNDO CAPÍTULO – O segundo caminho para a liberdade no sistema kantiano. Liberdade prática enquanto distinção específica do homem como um ser racional
§ 26. A essência do homem como ser sensível e como ser racional e a diferença entre liberdade transcendental e prática
a) A essência do homem (humanidade) como pessoa (pessoalidade). Pessoalidade e autorresponsabilidade
b) O segundo caminho para a liberdade e a diferença da liberdade transcendental em relação à liberdade prática. Possibilidade e efetividade da liberdade
§ 27. A realidade efetiva da liberdade humana (prática)
a) Liberdade como fato. A factualidade (realidade efetiva) da liberdade prática na práxis ética e o problema de sua “experiência”. A realidade prática da liberdade
b) Sobre a essência da razão pura enquanto razão prática. A razão pura prática enquanto a pura vontade
c) A realidade efetiva da razão pura prática na lei moral
d) O imperativo categórico. Sobre a pergunta de sua realidade efetiva e de sua “validade universal”
§ 28. A consciência da liberdade humana e de sua realidade efetiva
a) Vontade pura e realidade efetiva. O caráter próprio do efetivamente real volitivo enquanto fato
b) O fato da lei moral e a consciência da liberdade da vontade
CONCLUSÃO – A dimensão ontológica própria da liberdade. O enraizamento da questão do ser na pergunta sobre a essência da liberdade humana. Liberdade como fundamento da causalidade
§ 29. Os limites da discussão kantiana da liberdade. A vinculação kantiana do problema da liberdade com o problema da causalidade
§ 30. Liberdade como condição de possibilidade da manifestabilidade do ser do ente, isto é, da compreensão de ser