Beaufret (1985:9-11) – esquecimento do ser [Seinsvergessenheit]

destaque

Platão, Aristóteles, São Tomás, Leibniz nomearam de fato o ser e falaram dele sem de modo algum o confundirem com o ente. Se há uma confusão, é apenas no limite que ela ocorre e na medida em que aquilo que os gregos tinham designado por ὄντως ὄν ou ἀληθώς ὄν é, desde Platão, determinado, tanto quanto pelo ser, por aquilo que há no ente de mais verdadeiramente ente. Mas eles pensaram, no entanto, em termos de uma diferença entre o ser e o ente, tendo apenas alguma vez dito este último “através de um olhar passageiro sobre o ser” [Lettre sur l’humanisme, Aubier, 1957, p. 74]. Quererá isto dizer que estavam a par da “verdade do ser”?

original

  1. Etienne Gilson, Introduction à la philosophie chrétienne, Vrin, I960, p. 171-172.[↩]
  2. Lettre sur l’humanisme, Aubier, 1957, p. 74.[↩]
  3. S. Mallarmé, Œuvres complètes, Gallimard, Pléiade, 1945, p. 368.[↩]
  4. F. Hölderlin, der Vatikan, cf. Œuvres, gallimard, Pléiade, 1967, p. 916.[↩]
  5. Id., Wie wenn am Feiertage, cf. Œuvres, p. 834.[↩]
  6. M. Heidegger, Unterwegs zur Sprache, U. z. S., Neske, 1959, p. 31.[↩]
  7. R. Char, La parole en archipel, Gallimard, 1962, p. 73.[↩]
  8. Phédon, 65 c.[↩]
Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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