Seinsverständnis, Verstehen des Seins, compréhension de l’être, compréhension d’être, compreensão do ser, comprensión del ser, compreensão de ser, entendimento-do-ser, understanding of being, entender-de-ser
A compreensão do ser é ela mesma um estado determinado (Bestimmtheit) do ser do Dasein.
Nota de Heidegger: mas aqui o ser não se restringe ao ser do homem (existência) (Existenz no texto. Trata-se, portanto, do sentido existencial do termo, e não do sentido existenciário, que é reservado à palavra Vorhandenheit: ‘ser-subsistente’. N.d.T.). O que segue irá esclarecê-lo. O “ser-no-mundo” inclui em si a relação da existência ao ser em totalidade: compreensão do ser).
(GA2JA: HEIDEGGER, Martin. (L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)->https://descartes.site/data/1927_Martin_Heidegger_Auxenfants.pdf), §4 al.2)
La nota del Hüttenexemplar que viene a continuación deja en claro que, cuando se habla de «comprensión del ser», ese «ser» no es el ser del propio hombre, sino el ser mismo, el ser en general. La nota se justifica porque en el contexto se está hablando de la comprensión que el Dasein tiene de su propio ser. No es que Heidegger niegue que haya una comprensión de su propio ser en el Dasein: en efecto, en la nota dice: «Pero, ser, aquí, no sólo en cuanto ser del hombre.». Lo que Heidegger sostiene es que esa comprensión, que el Dasein posee de su propio ser, sería imposible si el Dasein no tuviera una comprensión del ser en general. (Rivera:STRivera:Notas)
El Dasein no es tan sólo un ente que se presenta entre otros entes. Lo que lo caracteriza ónticamente es que a este ente le va en su ser este mismo ser. La constitución de ser del Dasein implica entonces que el Dasein tiene en su ser una relación de ser con su ser. Y esto significa, a su vez, que el Dasein se comprende en su ser de alguna manera y con algún grado de explicitud. Es propio de este ente el que con y por su ser éste se encuentre abierto para él mismo. La comprensión del ser es, ella misma, una determinación de ser del Dasein1. La peculiaridad óntica del Dasein consiste en que el Dasein es ontológico. (SZ:12; STRivera:35)
Grâce à laquelle, selon Jean Greisch, nous sommes plus ou moins accordés ou désaccordés à une situation déterminée (SZ:134).
VIDE: (Seinsverständnis->http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexikon/search.php?option=1&term=Seinsverständnis)
compreensão do ser (STMSCC)
compréhension de l’être (ETEM)
comprensión del ser (STJR)
understanding of being (BTJS)
VIDE Verstehen
NT: Understanding of Being (Seinsverständnis, state or condition), 1, 4-6, 8 + fn (abode of), 11-13, 12fn, 15-17, 20, 26, 37, 43fn, 58, 60, 67, 72, 86, 89, 123-124, 147, 153fn, 150, 182-183, 197, 200-201, 206-207, 212-213, 222, 225, 230-231, 235, 301, 313-316, 325, 361-364, 372, 387, 389, 405-406, 421-422, 426, 437; average vague, 4-6, 8, 168; formally indicated, 12, et passim; pre-ontological, 12. See also Clearing; Intelligibility; “It is in its being concerned about. ..”; Sight (BTJS)
Seinsverständnis (das): «comprensión del ser». El Dasein tiene en todos sus diferentes modos de ser siempre una comprensión implícita de su ser. Cuando decimos que algo es, ya lo comprendemos como algo. Esa comprensión no tiene que ser explícita; de hecho, en la mayoría de los casos no pensamos en el ser, pero nuestros usos de las cosas, nuestras interpretaciones de las situaciones, nuestras relaciones con los otros y nuestros comportamientos muestran que ya comprendemos la realidad en la que vivimos. Ahora bien, en nuestro trato diario con los entes y con los otros esta comprensión permanece por lo pronto olvidada. Y es tarea de la filosofía recuperar del olvido la pregunta por el ser y articular conceptualmente la precomprensión que tenemos del mismo. Ser y tiempo proporciona por primera vez una interpretación de nuestra comprensión (pre)ontológica del ser. En el joven Heidegger, encontramos diferentes precedentes de este tipo de conocimento tácito que la vida tiene de sí misma: desde el «horizonte translógico» del que se habla en conexión con Emil Lask al final de la tesis de habilitación sobre Duns Escoto para indicar la comprensión implícita que ya siempre tenemos de las categorías, pasando por la «intuición hermenéutica» de la que se habla en el semestre de posguerra de 1919 como modo de acceder y expresar el significado de las experiencias inmediatas de la vida hasta la idea de hermenéutica desarrollada en las lecciones de verano de 1923 como articulación del «contexto referencial» (Verweisungszusammenhang) en el que vive el Dasein. Con todo, el primer intento de elaboración sistemática de esa comprensión se produce en las lecciones del semestre de verano 1925, Prolegómenos para la historia del concepto de tiempo, y es completado luego en Ser y tiempo. (GA19, pp. 220-227; GA20, pp. 183-185, 188-191 (desarrollo de la pregunta por el ser tomando como hilo conductor el tiempo), 193-201 (elaboración de la pregunta del ser a partir de una explicación del Dasein); GA22, pp. 99-108, 140-143; GA24, pp. 14, 22, 94-107 (comprensión del ser, intencionalidad, estado de descubierto), 158-165, 224-228, 250, 291, 300-304 (diferencia de la comprensión del ser), 319, 323, 388 (comprensión del ser – temporalidad), 389, 397 (temporalidad), 398 (comprensión preontológica = sin logos), 413, 417, 429 (temporalidad – trascendencia – comprensión del ser); GA2, pp. 1, 2-4 (ser: concepto general, indefinido y obvio), 5 (ámbito de precomprensión del ser), 147, 182, 200 (sentido de ser), 201, 212 (hay ser), 225, 231, 361-362, 372.) (LHDF)
Como um ser cujo próprio ser está em jogo, Dasein possui essencialmente Seinsverständnis, uma “compreensão de ser” (SZ, 12), não apenas de seu próprio ser. Como Heidegger disse em uma nota tardia: “Mas ser aqui não apenas como ser do homem (existência). (…) Ser-no-mundo inclui em si mesmo a relação da existência com o ser em sua totalidade: compreensão de ser” (SZ, 440 ad 12). Antes de compreender qualquer outra coisa, Dasein compreende ser. Isto envolve uma compreensão do verbo “ser” e de seus usos básicos: “sou”, “é”, “era” etc. Também envolve uma compreensão tácita — apesar de nossa tendência a ignorar tais distinções (GA31, 44, 124, 236) — dos modos básicos de ser, da diferença entre pessoa, utensílio e ser-simplesmente-dado. Tal compreensão não é primordialmente linguística: “Ela não está antes no falar sobre os entes, no explícito dizer-’é’, que operamos na compreensão do ‘é’; nós já a possuímos em toda a nossa conduta silenciosa frente aos entes. (…) também em nossa conduta em relação a nós mesmos, que somos entes, e em relação aos outros da nossa espécie, com quem nós somos, compreendemos uma coisa tal como ser. (…) Sim, só podemos usar ‘é’ e ‘era’ e palavras similares, e expressar o que queremos dizer com elas, porque já compreendemos o ser dos entes antes de qualquer expressão e de qualquer frase” (GA31, 41).
Compreender, assim como interpretar, envolve a “estrutura-como”. Compreender o que é um martelo é considerá-lo ou vê-lo como um martelo, como um utensílio de martelar. Da mesma forma, compreender o ser dos entes envolve considerá-los como entes. Não podemos estar conscientes dos entes enquanto tais se não transcendemos os entes em direção ao mundo ou aos entes como um todo, já que só posso estar consciente de uma entidade enquanto tal se estiver consciente das possibilidades alternativas, e estas dependem de um todo mais extenso (GA29, 528ss). Nem eu mesmo posso propriamente existir a não ser que, transcendendo os entes, possa escolher conduzir-me a este ente ou àquele. Por conseguinte, a compreensão de ser não é meramente um conjunto de categorias acumuladas como uma coleção de moedas; ela se desenvolve junto com a formação de mundo, com a transcendência (GA27, 314; GA65, 217).
Em Sein und Zeit, ser depende da compreensão que dele temos: “Entes são, independentemente da experiência, do conhecimento e da concepção, por meio dos quais são descobertos e determinados. Mas ser ‘é’ apenas na compreensão (GA40 Verstehen) dos entes cujo ser envolve uma coisa tal como a compreensão de ser (Seinsverständnis). O ser pode portanto ser incompreendido, mas até certo ponto ele é sempre compreendido” (SZ, 183). Heidegger rejeita posteriormente a “mais grosseira das más interpretações”, de que “através da compreensão de ser, Ser (incluindo, de quebra, ‘os entes’) torna-se ‘dependente’ do sujeito, reduzindo tudo a um ‘idealismo’, (…)” (GA65, 259). Isto decorre do fato de que se considera a “compreensão como um tipo de cognição capaz de averiguar ‘vivências (Erlebnisse)’ interiores de um ‘sujeito’ e toma correspondentemente aquele que compreende como um sujeito-eu”. A compreensão é, no entanto, uma “projeção, (…) um abrir-se, arremessar-se para, um instalar-se no espaço aberto no qual aquele que compreende primeiramente vem a si como um si mesmo” (GA65, 259).” ‘Ser’ não é um produto ou feito (Gemachte) do sujeito; Da-sein ultrapassa toda subjetividade e brota da essencialização (Wesung) de Ser” (GA65, 303). No entanto, a compreensão de ser possui em Sein und Zeit um “caráter transicionalmente ambíguo”, que corresponde à “caracterização do homem (’Dasein humano’, o Dasein no homem)” de Sein und Zeit. Por um lado, ela é “por assim dizer metafisicamente retrospectiva, (…) o fundamento, ainda que infundado, do transcendental e da re-presentação (Vor-stellens) da entidade em geral (voltando diretamente à idea (grega))”. Por outro lado, ela é “(já que a compreensão é concebida como pro-jeto (Ent-wurf) e também como lançado) a indicação da fundamentação da essência da verdade (o ser-manifesto; iluminação do aí, ou pre: Da-sein)”. “Mas a compreensão de ser é, em toda parte, o oposto de (…) tornar ser dependente da opinião humana (Meinen). Quando estamos lidando com a pulverização do sujeito, como pode acontecer de o ser ainda ser considerado ‘subjetivo’?” (GA65, 455s).
Nem em Sein und Zeit, nem posteriormente, é ser dependente do sujeito ou “subjetivo”. Sein und Zeit sugere que ser seja dependente de seres humanos ou de Dasein. Mais tarde,” há” ser na ausência de Da-sein (o qual “brota da essencialização de ser”) e da compreensão humana, mas nesse caso, está então ausente, “permanece afastado”. (DH)
N3 Voilà qu’apparaît déjà un terme fondamental. Pour l’intelligence du texte, il importe de le circonscrire dès maintenant. Heidegger s’est lui-même exprimé (notamment au § 31) sur le sens spécifique qu’il donne à ce mot dans la plupart des cas où il apparaît dans Sein und Zeit, à savoir celui d’une compréhension de l’Être, ou plutôt d’une pré-compréhension, toujours déjà là et inhérente à l’essence du Dasein. Dans tous ces cas, le terme « compréhension », ni n’a un usage épistémologique, ni ne relève d’une quelconque théorie de la connaissance ; il ne désigne pas une certaine modalité de l’intellection ou de l’explication, mais il désigne ce qui rend possible toutes les modalités de la compréhension. Autrement dit, on le verra, la compréhension est un ‘pouvoir-et-savoir-être’, une projection. Dans ce contexte, il n’est pas déplacé de citer Francoise Dastur (FD2, page 148) : « Car c’est par cette inclusion dans la nature qui le place au milieu des étants et le voue foncièrement à eux que le Dasein peut les ‘comprendre’ (verstehen), c’est-à-dire les faire tenir debout et les amener à la stance (ver-stehen), les prendre pour vrais (wahr-nehmen), les percevoir comme tels et ainsi les laisser être ce qu’ils sont, ce qui implique que l’horizon de leur rencontre possible a toujours déjà été projeté. » Et de commenter en note 5 de la même page le verbe composé (ver-stehen) : « Verstehen dérive de stehen et appartient donc à une aire sémantique différente de celle de l’« entendement » français ou de l’intelligere latin. Heidegger met lui-même ce terme en rapport avec l’epistèmè grecque, dont le sens premier est celui d’un se tenir et demeurer (istémi) auprès (epi) de l’étant. »
De manière générale, et j’aurai l’occasion de le répéter, l’analyse que conduit Heidegger de façon transcendantale (au sens kantien du terme), celle des conditions de possibilité, bute continuellement sur la question qui lui est inévitablement sous-jacente : Quelle est la condition de possibilité de ce que l’analyse prend pour condition de possibilité ? Sur ce plan, et la remarque est bien sûr très schématique, il apparaît que toute la démarche de Heidegger semble habitée par l’obsession de la remontée d’un cran en amont desdites conditions de possibilité « classiques ». Qu’est-ce qui, au final se dérobe à toute expérience ? Autrement dit, ce qui est sous-jacent, c’est ce qui deviendra plus tard le retrait de l’Être, en tant que radicalisation du transcendantalisme kantien. Et que fait d’autre Heidegger que remonter d’un cran en soumettant le transcendantal kantien à l’expérience phénoménologique ? Le premier exemple en est donné ici-même avec sa vision de la compréhension (laquelle veut se situer, en les fondant, en amont de l’intuition et de l’entendement kantien – cf. alinéa 15 du § 31, page (147)) ; le second viendra, dans la seconde section, avec la temporalité, expérience phénoménologique, augustinienne, du temps. Pour ne rien dire de la suite de son œuvre, laquelle ne fera que poursuivre avec acharnement la même remontée. (ETJA)
Pero, ser, aquí, no sólo en cuanto ser del hombre (existencia). Esto resultará claro por lo que sigue. El estar-en-el-mundo encierra en sí la relación de la existencia con el ser en total: comprensión del ser. ↩