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Wollen
terça-feira 29 de janeiro de 2019
Wille , Wollen, willing, querer, vouloir
Querer e desejar [Wünschen ] estão ontologicamente enraizados de modo necessário no Dasein como preocupação [Sorge ], e não são simplesmente vivências [Erlebnisse], ontologicamente indiferentes, a ocorrer numa “corrente” completamente indeterminada no seu sentido-de-ser [Seinssinne], o que vale igualmente para a inclinação [Hang ] e o impulso [Drang ]. (SZ :194; STCastilho:541)
O poder-ser [Seinkönnen ], em vista do qual [worumwillen ] o Dasein é, tem ele mesmo o modo-de-ser [Seinsart ] do ser-no-mundo. Ele implica, por conseguinte, ontologicamente a relação ao ente do-interior-do-mundo [innerweltliches Seiendes ]. A preocupação [Sorge] é sempre, embora só privativamente, ocupação [Besorgen] e preocupação-com-o-outro [Fürsorge]. Um ente é entendido, isto é, projetado em sua possibilidade [Möglichkeit ], é apreendido no querer como um ente do qual se ocupar ou como um ente a ser conduzido a seu ser pela preocupação-com-o-outro. Por isso, ao querer pertence cada vez um querido, o qual já foi determinado a partir de um em-vista-de-quê [Worum-willen]. Para a possibilidade ontológica do querer são constitutivos: a prévia abertura [Erschlossenheit ] do em-vista-de-quê em geral (o ser-adiantado-em-relação-a-si [Sich-vorweg-sein ]), a abertura daquilo de-que-se-ocupar [Besorgbarem] (mundo como o onde do já-ser [Welt als das Worin des Schon-seins]) e o projetar-se entendedor [verstehende Sichentwerfen] do Dasein em um poder-ser para uma possibilidade do ente “querido”. A totalidade [Ganzheit ] fundamentadora da preocupação é entrevista no fenômeno do querer. (SZ:194; STCastilho:543)
Querer é querer-ser-senhor [Wollen ist Herr-sein-wollen]. […] Querer não é, segundo esta determinação essencial, um aspirar [Streben], mas é antes todo o aspirar que permanece apenas uma cópia ou um protótipo do querer. (GA5 :234; tr. Borges-Duarte , 2002, p. 269-270)
Todo querer [Wollen] é um ansiar [Streben], mas nem todo ansiar é um querer. Querer faz parte da liberdade, do ser livre para uma exigência à qual eu correspondo, e então a solicitação é a motivação do querer. Eu quero somente quando eu me envolvo com a motivação, quando a assumo como tal, quando eu a aceito. Latim: nemo vult nisi videns.[“Ninguém quer, exceto quando vê”. (N. da T. (GA89 :273; tr. Arnhold & Almeida Prado)
VIDE: Wollen
vouloir
willing
NT: Willing (Wollen, verb), 194-195, 210, 290-293. See also Care; Wishing [BT]