Zimmerman (1982:102) – selbst

tradução

Será útil distinguir alguns dos diferentes significados do termo “eu” (self) que entram em jogo na análise de Heidegger da individualidade. Em primeiro lugar, o “eu” refere-se ao “eu” quotidiano, que é uma espécie de objetivação da nossa existência. Em segundo lugar, o “eu” refere-se ao modo autêntico de existir como resolução antecipadora (vorlaufende Entschlossenheit). Ambos os modos de identidade são formas de Ser-no-mundo. Existimos no mundo porque compreendemos o que significa ser. A nossa compreensão do Ser é possível porque existimos como a abertura temporal que permite que os entes (incluindo os seres humanos) se manifestem. Num sentido importante, então, o verdadeiro “eu” é esta temporalidade que torna possível toda a experiência, seja ela quotidiana, inautêntica ou autêntica. No entanto, é bastante difícil compreender a relação entre a minha própria experiência de mim mesmo e a temporalidade que torna essa experiência possível. Explicar esta relação é uma tarefa importante para Ser e Tempo.

original

[ZIMMERMAN, M. E. Eclipse of the Self. Athens: Ohio University Press, 1982, p. 102]

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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