Zarader (2001:16-18) – onde a filosofia se fecha…

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(…) Num sentido, uma vez que a filosofia se define por sua relação com a exterioridade, a experiência do encontro — com o que surpreende o pensamento — é a sua possibilidade inaugural. Noutro sentido, é claro que a filosofia só aceita esta experiência na condição de ter sido primeiro metamorfoseada, de ter sido despojada do seu fardo de alteridade absoluta para o incluir, de um modo ou de outro, num processo de significação — sendo esta metamorfose precisamente chamada “filosofia”. Nesta medida, o acontecimento específico da síncope, da suspensão (que se define apenas pela sua heterogeneidade), parece incapaz de se inscrever no campo filosófico: antes se apresenta como aquilo que o anula.

original

ZARADER, Marlène. L’être et le neutre. À partir de Maurice Blanchot. Lagrasse: Verdier, 2001.

  1. L.-R. des Forêts, Ostinato, Paris, Mercure de France, 1997, p. 60.[↩]
  2. J.-L. Nancy, Le Sens du monde, Paris, éd. Galilée, 1993, p. 24.[↩]
Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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