Zarader (2001:13-16) – horizonte e mundo

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(…) Viver é viver num mundo, numa linguagem, num sentido. Quer este sentido seja ou não tematizado, quer este mundo seja ou não objeto de uma apreensão explícita, ambos estão sempre pressupostos em cada objetivo de conhecimento, implícitos em cada palavra — em suma, estão sempre presentes ao mesmo tempo que o ato de existir. O filósofo pode interrogar-se sobre a origem do sentido ou sobre as condições de constituição do mundo, mas tudo o que está a fazer é olhar reflexivamente para o que já lhe é dado e cuja coerência e familiaridade fundamental não pode quebrar, exceto como hipótese teórica. Esta condição prévia a qualquer tematização pode, aliás, ser tematizada por sua vez, e o tem sido sob o nome de horizonte na obra de Husserl, sob o nome de mundo na obra de Heidegger.

Original

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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