Vezin (ET:525-526) – tradução de Dasein por être-là

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Há, sem dúvida, no galicismo “l’être” um recurso francês que, por si só, nos impede de considerar o Dasein como simplesmente intraduzível. Mas também podemos ver imediatamente a acumulação de mal-entendidos a que este equivalente conduziria num livro inteiramente centrado na questão do “sentido do ser” (Sinn von Sein). Não podemos, portanto, deixar de renunciar a tirar partido da palavra “ser” para traduzir o Dasein, mas nada nos impede de ver nele um puro “documento pré-ontológico” no sentido do §42; e tanto mais se pensarmos que um filósofo poderia ter dito:

“Uma vez que somos seres, o ser é-nos inato”1

original

[VEZIN, François. “Le mot Dasein”, in HEIDEGGER, Martin. Être et temps. François Vezin; Rudolf Boehm. Paris: Gallimard, 1995]
  1. Novos Ensaios, I, 3, §3.[↩]
  2. Feuillets d’Hypnos, §84.[↩]
  3. Nouveaux Essais, I, 3, §3.[↩]
Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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