SZ (STMS) – temporaneidade

A tarefa ontológica fundamental de uma interpretação originária do sentido de ser inclui, portanto, a elaboração da temporaneidade de ser (Temporalität des Seins). STMS: ET5

É na exposição da problemática da temporaneidade que se há de dar uma resposta concreta à questão sobre o sentido de ser. STMS: ET5

De acordo com a tendência positiva da destruição, deve-se perguntar de saída se, e até onde, no curso da história da ontologia, a interpretação de ser está tematicamente articulada com o fenômeno do tempo e se, e até onde, a problemática da temporaneidade, aqui necessária, foi e podia ter sido elaborada em princípio. STMS: ET6

Kant foi o primeiro e o único a dar um passo no caminho da investigação para a dimensão da temporaneidade. STMS: ET6

Pois é somente depois de fixar a problemática da temporaneidade que se pode lançar alguma luz sobre a obscuridade da doutrina do esquematismo. STMS: ET6

Em última instância, são justamente os fenômenos da “temporaneidade”, a serem explicitados na presente analítica, que constituem os juízos mais secretos da “razão universal”, cuja analítica foi apresentada por Kant como o “ofício dos filósofos”. STMS: ET6

Seguindo a tarefa da destruição, orientada pela problemática da temporaneidade, o presente tratado busca interpretar o capítulo do esquematismo e, a partir daí, a doutrina kantiana do tempo. STMS: ET6

Também se haverá de mostrar por que Kant fracassou na tentativa de adentrar a problemática da temporaneidade. STMS: ET6

Em outras palavras, a destruição se vê colocada diante da tarefa de interpretar o solo da antiga ontologia à luz da problemática da temporaneidade. STMS: ET6

O ser é o transcendens pura e simplesmente (NH: transcendens, seguramente não – apesar de todo eco metafísico – nem o koinon escolástico e greco-platônico, mas transcendência como ekstático – temporalidadetemporaneidade; mas horizonte. STMS: ET7

79) Segunda parte: Linhas fundamentais de uma destruição fenomenológica da história da ontologia, seguindo-se o fio condutor da problemática da temporaneidade. STMS: ET8

Como a expressão “temporal” é usada tanto na linguagem pré-filosófica como na linguagem filosófica no sentido indicado, e como, por outro lado, essa expressão é tomada na presente investigação em outro sentido, denominaremos a determinação originária do sentido de ser e de seus modos e caracteres a partir do tempo de determinação temporânea (temporale Bestimmtheit). STMS: ET5

O próprio legein ou noein, a simples percepção de algo simplesmente dado, que já Parmênides havia tomado como guia na interpretação de ser, possui a estrutura temporânea da pura “atualização” (Gegenwärtigens) de uma coisa. STMS: ET6

No quadro da elaboração fundamental da questão do ser não se poderá transmitir uma interpretação temporânea detalhada dos fundamentos da antiga ontologia – sobretudo em seu grau mais puro e elevado, alcançado por Aristóteles. STMS: ET6

Dentro dos limites dessa investigação, só se poderá alcançar um esclarecimento satisfatório do sentido existencial dessa compreensão de ser com base na interpretação temporânea de ser. STMS: ET31

 

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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