SZ (STMS) – tempo e horizonte

Por isso, deve-se conceber e esclarecer, de modo genuíno, o tempo como horizonte de toda compreensão e interpretação de ser. STMS: ET5

Para que isso se evidencie, torna-se necessária uma explicação originária do tempo enquanto horizonte da compreensão de ser a partir da temporalidade, como ser da presença (Dasein), que se perfaz no movimento de compreensão de ser. STMS: ET5

Ao contrário: o próprio tempo é considerado como um ente entre outros, buscando-se apreender a estrutura de seu ser no horizonte de uma compreensão de ser orientada, implícita e ingenuamente, pelo próprio tempo. STMS: ET6

A elaboração da questão do ser divide-se, pois, em duas tarefas; a cada uma corresponde a divisão do tratado em duas partes: Primeira parte: A interpretação da presença (Dasein) pela temporalidade e a explicação do tempo como horizonte transcendental da questão do ser. [ STMS: ET8

Tempo e ser [NH: a diferença dotada de transcendência, a superação do horizonte como tal, a virada para a origem, a vigência a partir dessa origem]. STMS: ET8

Ela compreende o tempo assim “experimentado” no horizonte da compreensão ontológica imediata, ou seja, como algo, de alguma maneira, simplesmente dado. STMS: ET78

Se a ocupação do tempo pode realizar-se, a partir de dados do mundo circundante, no modo caracterizado da datação, isso, no [506] fundo, só acontece no horizonte de alguma ocupação do tempo que conhecemos como a contagem do tempo, própria da astronomia ou do calendário. STMS: ET80

O tempo é isso, a saber, o que é contado no movimento que se dá ao encontro no horizonte do anterior e do posterior”. STMS: ET81

Mas justamente porque a interpretação cotidiana do tempo se mantém unicamente na direção da visão da compreensibilidade das ocupações, compreendendo somente o que se “mostra” em seu horizonte, é que se lhe devem escapar tais estruturas. STMS: ET81

Como essa ocupação do tempo se volta para o tempo aí compreendido e o “observa”, ela vê os agora que, de algum modo, estão “pre-sentes por aí”, no horizonte da compreensão de ser que, constantemente, orienta essa ocupação. STMS: ET81

Enquanto tempo-agora, a interpretação vulgar do tempo do mundo não dispõe de horizonte para, assim, poder tornar acessíveis para si mundo, significância e possibilidade de datação. STMS: ET81

A permanência do tempo é vista no horizonte de algo simplesmente dado e indissolúvel. STMS: ET81

Essa interpretação do tempo só perde o seu direito exclusivo e privilegiado quando pretende mediar o conceito “verdadeiro” de tempo e ser capaz de preestabelecer o único horizonte possível para a interpretação do tempo. STMS: ET81

Desse modo, em princípio, a interpretação da presença (Dasein) como temporalidade [524] não se acha fora do horizonte do conceito vulgar de tempo. STMS: ET81

Esta temporaliza o tempo do mundo, em cujo horizonte a “história”, entendida como acontecer intratemporal, pode se “manifestar”. STMS: ET82

Como se há de interpretar esse modo de temporalização da temporalidade? Haverá um caminho que conduza do tempo originário para o sentido do ser? Será que o próprio tempo se revela como horizonte do ser? [535] STMS: ET83

 

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

Designed with WordPress