SZ (STMS) – existencial e temporal

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O fundamento ontológico originário da existencialidade da presença (Dasein) é a temporalidade. A totalidade das estruturas do ser da presença (Dasein) articuladas na cura só se tornará existencialmente compreensível a partir da temporalidade. A interpretação do sentido ontológico da presença (Dasein), contudo, não pode parar aí.  A análise existencial e temporal desse ente necessita de confirmação concreta. STMS: ET45

Do mesmo modo, o “já” (Schon) significa o sentido ontológico, existencial e temporal de um ente que, em sendo, já é sempre lançado. STMS: ET65

A análise existencial e temporal da presença (Dasein) exige, por sua vez, uma nova retomada, no âmbito da discussão fundamental do conceito de ser. [ STMS: ET66

Como então distinguir o porvir impróprio? Assim como o porvir em sentido próprio desvela-se na decisão, também este modo ekstático só pode desvelar-se reconduzindo-se, ontologicamente, da compreensão imprópria das ocupações cotidianas, a seu sentido existencial e temporal. STMS: ET68

A tarefa consiste, porém, em demonstrar a estrutura ontológica da afinação do humor em sua concreção existencial e temporal. STMS: ET68

Sem dúvida, também pertence à constituição existencial e temporal do medo um aguardar. STMS: ET68

O caráter de humor e afecção do medo reside em que o aguardar medroso tem medo “de si mesmo”, isto é, em que todo ter medo de alguma coisa é um ter medo por… O seu sentido existencial e temporal constitui-se por um esquecer-se de si: qual seja, extrair-se, de forma conturbada, do poder-ser fático em sentido próprio; é nesse esquecer que o ser-no-mundo ameaçado se ocupa do que está à mão. STMS: ET68

Com a ajuda do conceito vulgar e tradicional do tempo, de que se vale forçosamente a ciência linguística, nunca se pode colocar o problema da estrutura existencial e temporal dos modos [436] de ação ou aspectos. STMS: ET68

Depois, persegue a possibilidade existencial e temporal de a ocupação, guiada pela circunvisão, modificar-se em descoberta “meramente” visualizadora dos entes intramundanos, no sentido de certas possibilidades da pesquisa científica. STMS: ET69

A interpretação existencial e temporal do ser-no-mundo considera, pois, três aspectos: a) a temporalidade da ocupação guiada pela circunvisão; b) o sentido temporal em que a ocupação, guiada pela circunvisão, se modifica em conhecimento teórico do que é simplesmente dado dentro do mundo; c) o problema temporal da transcendência do mundo. STMS: ET69

Tanto a descoberta guiada pela circunvisão quanto a descoberta teórica dos entes intramundanos [444] danos fundam-se no ser-no-mundo. A interpretação existencial e temporal daquela deve preparar a caracterização temporal desta constituição fundamental da presença (Dasein). STMS: ET69

O enraizamento da atualidade no porvir e no vigor de ter sido é a condição existencial e temporal de possibilidade para que aquilo [448] que se projetou no compreender da compreensão, guiada por uma circunvisão, possa ser colocado mais perto numa atualização. STMS: ET69

A condição existencial e temporal da possibilidade de mundo reside em que a temporalidade, enquanto unidade ekstática, possui um horizonte. STMS: ET69

Será que a análise existencial e temporal da presença (Dasein) teve de parar diante do fenômeno que conhecemos como espacialidade inerente à presença (Dasein) e demonstramos pertencer ao ser-no-mundo? Não é mais necessário discutir que, na trilha da interpretação existencial, a fala de uma determinação “espaço-temporal” da presença (Dasein) não pode significar que este ente seja e esteja simplesmente [456] dado “no espaço e também no tempo”. STMS: ET70

A estrutura essencial da cura, a decadência, anuncia-se na aproximação, que possibilita ter à mão e atarefar-se, “empenhando-se nas coisas”. Sua constituição existencial e temporal é privilegiada. STMS: ET70

Pode ainda restar alguma dúvida acerca do significado existencial e temporal da “cotidianidade”? Ao mesmo tempo, encontramo-nos muito distantes de um conceito ontológico desse fenômeno. STMS: ET71

Dessa forma se esclarece em que sentido a analítica existencial e temporal preparatória da presença (Dasein) se decidiu por cultivar o espírito do Conde Yorck para servir à obra de Dilthey. [ STMS: ET77

Ao longo da análise existencial e temporal da historicidade, não se deu a palavra à compreensão cotidiana da presença (Dasein) que, de fato, só conhece a história como acontecer “intratemporal”. STMS: ET78

A caracterização feita até agora da temporalidade não é, pois, apenas incompleta, porque nem todas as dimensões do fenômeno foram observadas, mas é, em princípio, deficiente, já que pertence à própria temporalidade uma espécie de tempo do mundo, no sentido rigoroso do conceito existencial e temporal de mundo. STMS: ET78

De que maneira o “tempo” se temporaliza numa primeira aproximação para a ocupação cotidiana, guiada por uma circunvisão? Em que modo de lidar da ocupação no uso de instrumentos o tempo se torna expressamente acessível? O tempo se torna público com a abertura de mundo e já é sempre ocupado com a descoberta de entes intramundanos, inerente à abertura de mundo. Isso se dá na medida em que a presença, contando o tempo, conta consigo mesma. Por isso é no uso do relógio que reside o comportamento em que se é orientado, de forma explícita, pelo tempo. O seu sentido existencial e temporal comprova-se como uma atualização do ponteiro que anda. STMS: ET81

 

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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