EM. Esta preposição, em ser-em, se liga, no Prólogo do Evangelho de João, à expressão «in principio». A significação pode ser aproximada da «consubstancialidade», afirmada pelo dogma conciliar. Mais simplesmente, podemos aí ler as diversas nuances do SER-EM que teremos de explicitar. Aguardando, precisemos que as relações lógicas de pertencimento e de inclusão poderiam ser evocadas a este respeito. Mas isto será questão mais tarde.
Breton comenta como o texto joanico abunda em expressões de sentido locativo, especificada tanto pelo advérbio ONDE como pela preposição EM ou DENTRO, por exemplo em vários versículos de Jo 14 e Jo 15:
Toda vara em mim que não dá fruto… (2); Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós… (4); Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto (5); Quem não permanece em mim é lançado fora (6); Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito. (7); permanecei no meu amor (9); Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. (10); Estas coisas vos tenho dito, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo. (11)
Concluindo, sua longa exposição, no capítulo V, Breton afirma que o ser, mais exatamente o ser enquanto ser, é necessariamente SER-EM, qualquer que seja o ente ao qual se refira.