Nancy (2007:40-42) – “mundo”

destaque

Um mundo “visto”, um mundo representado, é um mundo dependente do olhar de um sujeito do mundo (sujet du monde). Um sujeito do mundo (ou seja, também um sujeito da história) não pode, ele próprio, ser/estar no mundo (être dans le monde). Mesmo sem uma representação religiosa, um tal sujeito, implícito ou explícito, perpetua a posição do Deus criador, organizador e destinatário (se não o endereçado) do mundo.

E, no entanto, notavelmente, não há necessidade de um estudo prolongado para se dar conta que, já nas representações metafísicas mais clássicas desse Deus, nada mais estava em jogo, no final, do que o próprio mundo, em si e para si. Em mais do que um aspecto, é legítimo dizer que os grandes relatos transcendentes do racionalismo não elaboraram outra coisa senão a relação imanente do mundo consigo mesmo: eles questionaram o ser-mundo do mundo.

Raffoul & Pettigrew

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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