Nancy (1996:23) – Tudo se passa “entre” nós

Tudo se passa, portanto, entre nós: esse “entre”, como o nome indica, não tem consistência própria nem continuidade. Não conduz de um ao outro, não forma tecido, nem cimento, nem ponte. Talvez nem seja justo falar de “vínculo” a esse respeito: não está ligado nem desligado, aquém dos dois, ou então, é o que está no coração de um vínculo, o entrelaçamento dos fios cujas extremidades permanecem separadas até mesmo em seu nó. O “entre” é a distensão e a distância abertas pelo singular como tal, e como seu espaçamento de sentido. O que não se mantém à distância do “entre” não é nada além de imanência desmoronada em si mesma e privada de sentido.

(NESP)

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

Designed with WordPress