Satz vom zureichenden Grund, principium rationis sufficientis, principe de raison suffisante, princípio de razão suficiente, principle of sufficient reason, principio de razón suficiente
Toda e qualquer realidade inteligida pensantemente, isto é, toda e qualquer realidade inteligida em razão, é realidade cuja atualidade é fundamentada principiai e canonicamente na e pela realidade mesma. A essência da razão está em ser atualidade pensante do real. Por ser atualidade pensante, é que a razão é “minha”. Por ser atualidade pensante, é essencialmente, como toda e qualquer atualidade, atualidade do real, ou seja, “das coisas”. A unidade da razão como minha e como razão das coisas está, pois, em que a razão é atualidade pensante do real. Esclareçamos a índole desta unidade.
Em Leibniz esta unidade é uma unidade que poderíamos chamar de indiscernimento. Para Leibniz, razão é sempre e somente razão de ser. E esta razão de ser é indiscernidamente razão de que a coisa seja e de que seja inteligida. Esta unidade é o que é expresso pelo célebre princípio de razão suficiente: tudo o que é tem uma razão de por quê, e antes é (potius quam) que não é. É, no fundo, mais que indiscernimento: é uma identidade. Daí que toda razão lógica tenha sempre um alcance metafísico. Pois bem, isto é impossível. No fundo, o princípio de razão suficiente é insuficiente. Primeiro, porque concerne a uma razão de ser; mas a razão não é razão “de” ser, mas razão “do” ser. E Leibniz não viu esta razão do ser: a realidade. Segundo, porque esta identidade entre razão de ser e razão das coisas é perfeitamente recusável; recusável não por teorias, mas pela mera análise dos fatos de intelecção. Em virtude disso, a razão lógica não é pura e simplesmente razão real e metafísica. Uma coisa é a razão de intelecção; outra, a razão das coisas reais. (Zubiri, Inteligência e Razão)
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