A φύσις [physis] que se manifesta como articulação (Fügung, ἁρμονία), não é nem separação nem relação, mas harmonia inaparente e movediça do velamento e do desvelamento: diz os dois num só, é o Uno-duplo. Citemos a passagem em que Heidegger, no fim de muitas análises, define, tanto quanto é possível, a essência e a verdade originais da φύσις: «Não pensamos a φύσις originalmente senão quando a pensamos como a articulação, a ἁρμονία, que junta a eclosão na ocultação que abriga (in das bergende Verbergen), e permite assim que a eclosão manifeste a sua essência como aquilo que provém essencialmente dessa ocultação que abriga e que, por essa razão, é mais justamente chamado por nós o desabrigo (das Entbergen)» [GA55:160]. [MZHPO:57]