existenziell

existenziell, existentiell, existentivo; existenzielle Möglichkeit, possibilité existentielle, possibilidade existenciária

existenciária (STMSCC)
existentiel (ETEM)
existentiell (BTJS)

VIDE existenzial

NT: Existentiell (existenziell), 12-13, 267-270 (§ 54), 305-310 (§ 62), et passim; distinguished from the existential, 12-16, 325fn. See also Existential; Ontic (BTJS)


Traduzo, seguindo critério há muito assumido, existenziel por “existencial” e existential por “existenciário”. A língua portuguesa, como neste caso a castelhana, não permite a distinção francesa, paralela à alemã, existentiel-existential, pelo que para utilizar a palavra “existencial”, para nós corrente, há que fazê-lo nesse mesmo contexto que é para nós vulgar, deixando o termo forjado a propósito, “existenciário” (como propôs, em castelhano, José Gaos, o primeiro tradutor de Sein und Zeit para uma língua estrangeira, em 1951), ou qualquer outro que também possa ser considerado aceitável, para a designação categoria! ou transcendental da existência e evitando assim o equívoco “existencialista” que tanto prejudicou a primeira recepção de Heidegger. Com a mesma motivação, Dasein será vertido, de agora em adiante, por “aí-ser”, evitando o hábito situacionista de falar do homem como “ser-aí”, que tende a esquecer que o Dasein é primeira e fundamentalmente “aí-do-ser”, âmbito de manifestação do ser na compreensão desse ente que tem como característica exemplar levar o ser no seu ser próprio, e só por isso, situá-lo, configurá-lo temporalmente. (Irene Borges-Duarte)


NT: We shall translate ‘existenziell’ by ‘existentiell’, and ‘existenzial’ by ‘existential’ There seems to be little reason for resorting to the more elaborate neologisms proposed by other writers. (BTMR)


NT: Indica a delimitação fatual do exercício de existir que sempre se propaga numa pluralidade de singularidades, situações, épocas, condições, ordens etc. (STMSCC:310)


Carneiro Leão traduz como existentivo, e explica que na Analítica do Dasein encontra-se a distinção entre das existenziale e das existentielle: a primeira se refere à estrutura ontológica da existência enquanto a segunda diz respeito às suas formas ônticas.


Irmão gêmeo de existencial. Caracteriza algo que tem que ver com a existência humana, mas esta visada nela mesma e para ela mesma, independentemente de sua relação ao ser. O existentivo se situa em um plano on há fundamentalmente homens (v. GA9). (LDMH)


Hemos traducido por ‘existentiva’ la palabra existenziell, que Gaos traduce por existencial. Nuestra traducción no es original; ya había sido utilizada por otros traductores antes. Tiene la ventaja sobre la palabra ‘existencial’ de que indica mejor lo óntico que la existencia, que es lo que quiere decir Heidegger con la palabra existenziell. En cambio, existencial indica más una estructura, y por eso la hemos reservado nosotros para traducir la palabra alemana existencial que es la correspondiente palabra ontológica, que Gaos traduce por existenciario, término que no hemos utilizado por parecernos extraño y ambiguo. (Rivera)


Existenz provê um adjetivo, existenzial, “existencial”. Heidegger forja um outro adjetivo, com um sufixo derivado do francês: existenziell, “existenciário”. Existenzial aplica-se à “estrutura ontológica da existência”, i.e., existenciários e suas inter-relações, e à compreensão que o filósofo tem da mesma. Que, por exemplo, Existenz envolva o ser-no-mundo é um problema existencial, assim como a sua compreensão filosófica. Existenziell aplica-se ao leque de possibilidades aberto para Dasein, a compreensão que delas possui e a escolha que faz (ou recusa) entre elas. Se Dasein faz o que o impessoal está fazendo ou, ao contrário, escolhe escolher e decide tornar-se soldado ou filósofo, estes são problemas existenciários. A distinção entre “existencial” e “existenciário” é análoga àdistinção entre “ontológico” e “ôntico”, embora estes termos não se restrinjam a Dasein. Como Existenz, seus derivados não são muito usados por Heidegger depois de SZ (cf. GA6T2, 478ss/GA9, 73s sobre existência e o existenciário). (DH)


Existenzial – existenziell: «existenciario» – «existencial». La pareja de conceptos existenzial – existenziell se establece propiamente en Ser y tiempo, donde Heidegger introduce el término existenzial para distinguir entre «existenciarios» como indicación formal de los caracteres ontológicos del Dasein y «categorías» como conceptos que remiten a la estructura de los entes que no son Dasein. Asimismo, Heidegger distingue claramente entre las determinaciones ontológicas fundamentales que constituyen todos los modos de ser de la existencia del Dasein (existenzial) y el nivel óntico y existencial (existenziell) de la vida individual de cada uno. Por ejemplo, alistarse al ejército o comprar un piso es un asunto que se sitúa en el plano existencial de cada individuo concreto; en cambio, la misma posibilidad de elegir y comprender la elección es una propiedad constitutiva de todo Dasein, es un rasgo ontológico (en términos kantianos, una condición de posibilidad de la existencia misma). Véanse también las entradas Existenzialien (die), Kategorie (die) y Ontischontologisch. (SZ, pp. 12-14, 184-185, 237, 295, 302-303, 310, 313-313.) (LHDF)


existenziell (existentiell) — This Kierkegaardian spelling (almost: cf. GA61:182, where the Diederichs translation is already modified by the Heideggerian “z”) is used once in SS 1920 (GA59), more frequently in Heidegger’s letter of August 1921 to his existentialist student Karl Löwith. But the adjective receives terminological sustenance first in Oct. 1922 (pp. 14f.), with the introduction of Existenz, understood as the most unique, i.e., “existentiell,” possibility of life’s facticity, into the core of Heidegger’s conceptual framework. It is first linked to the “ontic” side of Dasein in BT itself. (KisielBT)


N15 Lequel du ‘On’ ou du ‘soi-même’ est l’existential, lequel est la modification existentielle de l’autre ? À l’alinéa 2 du § 64, bas de page (317), on rencontrera cette phrase, qui dit exactement le contraire de celle-ci : Celui-ci (il s’agit du ‘On’ (das Man)) est une modification existentielle du ‘soi-même’ (Selbst) propre. Sur le point de savoir s’il s’agit, à la présente page (130), d’un « lapsus », ou d’un problème profond, on se rapprochera de l’objet de la note N20, alinéa 18 du § 40, page (189), et de la pause critique de Marlène Zarader (ZLETH, pages (338-339)).

Cette affirmation n’échappe pas non plus à l’analyse pénétrante de Françoise Dastur (DHQT, pages 48-49) : « Ce n’est donc pas sur le terrain de la quotidienneté (Alltäglichkeit) que le Dasein qui y est dispersé va pouvoir trouver son unité puisque c’est là le niveau où il n’est pas encore proprement lui-même. Le Dasein peut en effet être lui-même en mode propre (Eigentlichkeit) ou en mode impropre (Uneigentlichkeit) parce qu’il est sa possibilité et qu’il lui faut s’approprier son propre être. (cf. alinéa 5 du § 9, pages (42-43). N.d.T.).

(…) Il faudrait à cet égard rappeler, ce que l’on a tendance à oublier ou à méconnaître, que l’origine de cette terminologie se trouve dans les Recherches logiques de Husserl, qui lui-même a trouvé chez son maître Brentano la distinction entre le mode propre de la pensée intuitive et le mode impropre de la pensée symbolique. (…) Que la visée ‘à vide’, c’est-à-dire la pensée symbolique, qui constitue tout d’abord et le plus souvent notre mode de pensée, puisse accéder à son remplissement intuitif et devenir ainsi pensée ‘authentique’, c’est ce que nous apprend la sixième recherche logique, texte qui représente pour Heidegger le point culminant de la phénoménologie husserlienne. Transposée à l’ensemble du Dasein, cette distinction rend compte du caractère non substantiel de celui-ci, de sa ‘mienneté’. Ce que le Dasein est d’abord et le plus souvent, c’est un soi sur le mode de la dispersion ; quant à l’‘être-soi’ propre, il ne repose cependant pas sur un état d’exception où le sujet serait détaché du ‘On’, il est au contraire une modification existentielle du ‘On’ en tant qu’existential essentiel (Ce dernier membre de phrase étant l’objet de la présente note. N.d.T.)

Parler ici de modification, c’est à nouveau emprunter son langage à la phénoménologie husserlienne pour insister sur le fait qu’il n’y a pas là deux sujets substantiellement différents – le ‘On’ et le sujet ‘référé-à-soi’ – mais deux manières différentes d’être le même sujet (Husserl dirait deux intentionnalités différentes du même objet). »

Cette longue « digression » n’a d’autre objectif que d’alimenter le problème récurrent, que nous rencontrerons à maintes reprises encore, problème sur lequel Paul Ricœur n’a de cesse de mettre le doigt, à savoir celui de l’interférence continuelle entre l’existential et l’existentiel, celui de l’attestation du premier par le second. (ETJA)


existenziell – indica a delimitação fatual do exercício de existir que sempre se propaga numa pluralidade de singularidades, situações, épocas, condições, ordens, etc. (Schuback)


Hemos traducido por ‘existentiva’ la palabra existenziell, que Gaos traduce por existencial. Nuestra traducción no es original; ya había sido utilizada por otros traductores antes. Tiene la ventaja sobre la palabra ‘existencial’ de que indica mejor lo óntico que la existencia, que es lo que quiere decir Heidegger con la palabra existenziell. En cambio, existencial indica más una estructura, y por eso la hemos reservado nosotros para traducir la palabra alemana existencial que es la correspondiente palabra ontológica, que Gaos traduce por existenciario, término que no hemos utilizado por parecernos extraño y ambiguo. (Rivera)


Carneiro Leão traduz como existentivo, e explica que na Analítica do Dasein encontra-se a distinção entre das existenziale e das existentielle: a primeira se refere à estrutura ontológica da existência enquanto a segunda diz respeito às suas formas ônticas.


existenziell é irmão gêmeo de existenzial. Caracteriza algo que tem que ver com a existência humana, mas esta visada nela mesma e para ela mesma, independentemente de sua relação ao ser. O existentivo se situa em um plano onde há fundamentalmente homens (v. G9). (LDMH)