aletheuein

άληθεύειν

…desde o início Heidegger afirma que aletheuein é “retirar do encobrimento (Verborgenheit), desocultar (entdecken)” (GA62, 25. Cf. GA61, 131; SZ, 33, 219); aletheia é “desocultação” (GA61, 162); e alethes é “desencoberto (Unverborgen (es))” (SZ, 33, 219). Isto possui três implicações: 1. A verdade não está restrita a asserções explícitas e a atitudes discretas, mentais e primordialmente teóricas tais quais julgamentos, crenças e representações. O mundo como um todo, não apenas entes dentro dele, está desencoberto — desencoberto tanto pelos humores quanto pela compreensão. 2. A verdade é primordialmente um aspecto da realidade — entes, ser e mundo —, não de pensamentos e elocuções. Entes etc. estão, é claro, desencobertos para nós, e nós os descobrimos. (DH)


Na medida em que o descerrar (Erschliessen) e o conhecer (Erkennen) têm por meta para os gregos a ἀλήθεια (aletheia) (verdade – desvelamento), ele significa para eles, de acordo com aquilo que ele realiza, ou seja, de acordo com a ἀλήθεια (verdade – desvelamento): ἀληθεύειν (aletheuein) (desvelar). Não queremos traduzir aqui essa palavra, ἀληθεύειν significa: ser desencobridor (aufdeckendsein), arrancar o mundo ao fechamento e ao encobrimento (die Welt aus der Verschlossenheit und Verdecktheit herausnehmen). E esse é um modo de ser do ser-aí humano (Und das ist eine Seinsweise des menschlichen Daseins).

Esse modo de ser mostra-se inicialmente na fala, no conversar um com o outro, no λέγειν (legein) (no dizer) (Diese zeigt sich zunächst im Sprechen, im Mitein anderreden, im λέγειν). (GA19:17)