(Lawrence Berger, Critchley2017)
Com base nisso, vou mostrar que, para Heidegger, não apenas estamos em contato direto com as pessoas e coisas deste mundo, mas também que nossa presença é importante para a maneira como elas se manifestam — como elas vêm à tona — no pleno potencial associado ao tipo de seres que elas são. Essa não é nossa presença em um sentido físico, mas sim no sentido de como estamos engajados como seres humanos vivos e experienciadores — o que Heidegger famosamente se refere como nosso “ser no mundo”. A ideia é que nossa presença no mundo importa para a maneira como as coisas realmente se desdobram, indo muito além de quaisquer processos físicos ou fisiológicos que alegam ser a base última da atividade humana. Assim, por exemplo, quando sentimos que alguém está realmente nos ouvindo, nos sentimos mais vivos, sentimos nosso verdadeiro eu vindo à tona — é nesse sentido que a presença no mundo importa.