Krell (1994:374-375) – Abriegelung (fechar-se), terceiro sentido relacional da vida

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Abriegelung, “trancar-se” ou “fechar-se”, sequestrar-se e produzir assim uma situação de isolamento forçado. Heidegger garante-nos que esta terceira característica do cuidado e da preocupação é ainda menos perspicaz do que as duas primeiras, e nós acreditamos nele. A sintaxe é estranha, tal como o pensamento: Mit der Neigung in ihrer abstandsverkümmernden Zerstreuung gerät und ist weiter in Verlust was? “Com a inclinação, na sua dispersão, uma dispersão que deteriora a distância, algo mais se perde e permanece perdido – o que é?” (105). O que se perde é aquilo que está “antes” de mim, não num sentido espacial, nem sequer num sentido temporal. Quando vivo com base em algo (ich lebe ausdrücklich von etwas), o meu eu factual ou mundo do eu é co-experienciado, se não for intelectualmente apercebido. No entanto, este “antes” nunca é totalmente apropriado (106: unterbleibt die Aneignung des “vor”), e a sua relação com as coisas afrouxa. O que é que se perde? “Nesta qualidade velada, a ‘vida’ fala.” A vida fala por detrás da máscara das suas variadas significações. A vida é larval.

original

[KRELL, David Farrell. “From the Early Freiburg Courses to Being and Time”, in KISIEL, T.; BUREN, J. VAN (eds.). Reading Heideger From the Start: Essays in His Earliest Thought. New York: SUNY, 1994, p. 374-375]

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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