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O que é fenomenologia? O que é um fenômeno? Estas questões só podem ser esclarecidas através de uma indicação formal! Toda a experiência (tanto a experiência como o experienciado) pode ser “levada ao fenômeno”, isto é, considerada de acordo com o sentido original daquilo que é experienciado nela: 1) segundo o sentido originário do conteúdo, 2) o modo originário de ser experienciado (sentido relacional) e, finalmente, 3) o modo como este sentido relacional é ele próprio atualizado (sentido de atualização). Nesta ordem esquemática e externa, parece que estes sentidos estão simplesmente ao lado uns dos outros, externamente. Não é o caso. É simplesmente uma questão de ver a “direção-do-problema” da fenomenologia, a sua tarefa básica, o seu foco simples e único. A fenomenologia não é senão a explicação compreensiva dos fenômenos. Ela dá o logos dos fenômenos, logos não como logificação mas no sentido de “palavra interna” (verbum internum), aquilo que se dá no fenômeno, de modo que o modo de explicação é determinado pelo próprio fenômeno e não por uma atitude teórica ideal. E, como formalmente indicado, o fenômeno é uma totalidade de sentido segundo três direções de sentido, a do conteúdo, a da relação e a da atualização. Seguindo este esquematismo intencional, a fenomenologia é, consequentemente, a explicação desta totalidade triádica de sentido.