Carneiro Leão
Questionamos a técnica e chegamos agora à ἀλήθεια. O que a essência da técnica tem a ver com desencobrimento (Entbergen)? Resposta: tudo. Pois é no desencobrimento que se funda toda a produção (Her-vor-bringen). Esta recolhe em si, atravessa e rege os quatro modos de deixar-viger (Veranlassung) a causalidade (Kausalität). A esfera da causalidade pertencem meio (Mittel) e fim (Zweck), pertence a instrumentalidade (Instrumentale). Esta vale como o traço fundamental da técnica. Se questionarmos, pois, passo a passo, o que é propriamente a técnica conceituada, como meio, chegaremos ao desencobrimento. Nele repousa a possibilidade de toda elaboração produtiva.
A técnica não é, portanto, um simples meio (Mittel). A técnica é uma forma de desencobrimento. Levando isso em conta, abre-se diante de nós todo um outro âmbito para a essência da técnica (Wesen der Technik). Trata-se do âmbito do desencobrimento, isto é, da verdade (Wahr-heit). [GA7:13; GA7CFS:17]
De novo, se impõe a pergunta: será que este desencobrir-se (Entbergen) se dá, em algum lugar, fora de toda ação e qualquer atividade humana (menschlichen Tuns)? De forma alguma! Mas também não acontece apenas no homem e nem decisivamente pelo homem. [GA7:24; GA7CFS:26-27]
Original
Wohin haben wir uns verirrt? Wir fragen nach der Technik und sind jetzt bei der ἀλήθεια, beim Entbergen angelangt. Was hat das Wesen der Technik mit dem Entbergen zu tun? Antwort: Alles. Denn im Entbergen gründet jedes Her-vor-bringen. Dieses aber versammelt in sich die vier Weisen der Veranlassung – die Kausalität – und durchwaltet sie. In ihren Bereich gehören Zweck und Mittel, gehört das Instrumentale. Dieses gilt als der Grundzug der Technik. Fragen wir Schritt für Schritt, was die als Mittel vorgestellte Technik eigentlich sei, dann gelangen wir zum Entbergen. In ihm beruht die Möglichkeit aller herstellenden Verfertigung.
Die Technik ist also nicht bloß ein Mittel. Die Technik ist eineb Weise des Entbergens. Achten wir darauf, dann öffnet sich uns ein ganz anderer Bereich für das Wesen der Technik. Es ist der Bereich der Entbergung, d.h. der Wahr-heit. (p. 13)
Wohin sehen wir uns gebracht, wenn wir jetzt noch um einen Schritt weiter dem nachdenken, was das Ge-stell als solches selber ist? Es ist nichts Technisches, nichts Maschinenartiges. Es ist die Weise, nach der sich das Wirkliche als Bestand entbirgt. Wiederum fragen wir: geschieht dieses Entbergen irgendwo jenseits alles menschlichen Tuns? Nein. Aber es geschieht auch nicht nur im Menschen und nicht maßgebend durch ihn. (p. 24)