GA67:141 – a técnica

Casanova

“Técnica”

Conceber a sua essência enquanto o que dá à técnica moderna das máquinas a verdade e a necessidade internas; portanto não segundo um conceito (uma representação universal) do fato agora justamente dado que denominamos “técnica”; também não o que pensa na mesma direção, esta “técnica” enquanto fenômeno da “cultura”; pois a “cultura” mesma pertence à essência da técnica concebida metafisicamente. Esta é a verdade da subjetividade, subjetividade concebida enquanto entidade do ente (preleção sobre Nietzsche).

Consequência desta “técnica” essencial é o matemático das ciências, o “sistema”, a “dialética”.

Portanto também não buscar algo como o “elemento técnico” (de maneira meramente adequada aos aparelhos e ao funcionamento) em meio às ciências, à arte, à política, como se estas ainda fossem além disto propriamente algo diverso. O outro e o próprio é exatamente o “elemento técnico” compreendido metafisicamente, sim histórico-ontologicamente. A “técnica” assim compreendida encontra-se em conexão com a τέχνη que emerge da φύσις e pressupõe e propaga o encobrimento desta última. (§ 141)

Original

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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