GA66:71 – os deuses

Casanova

Nem os deuses criam o homem, nem o homem inventa os deuses. A verdade do seer decide “sobre” os dois, na medida em que vigora acima deles, mas acontece apropriativamente entre eles e, com isto, pela primeira vez ela mesma para o vir-ao-encontro.

Sempre de acordo com o modo no qual o seer encontra a verdade; sempre de acordo com a maneira como essa verdade é fundada como clareira para o acontecimento da apropriação daquele vir-ao-encontro, clareira essa que se subtrai; sempre de acordo com a configuração do homem que exige essa fundação; sempre de acordo com o pertencimento do homem ao seer e, com isto, também sempre de acordo com o perder-se re-presentativo e calculador em meio ao ente e à interpretação de sua entidade, realiza-se o conhecimento e a denominação dos deuses.

(196) O deus nunca é um ente do qual o homem, ora de um modo, ora de outro, sabe algo, um ente do qual ele se aproxima em distâncias diversas. Ao contrário, os deuses e a sua divindade emergem da verdade do seer; isto é, aquela representação coisal do deus e o cálculo explicativo dele, por exemplo, como o criador têm o seu fundamento na interpretação da entidade como pre-sentidade produzida e produtível.

Emad & Kalary

Original

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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