GA66:61 – antropomorfismo

Casanova

Ο antropomorfismo é a convicção expressa ou inexpressa, assumida ou inconscientemente acolhida de que o ente na totalidade é o que ele é e como ele é por força e de acordo com a representação que transcorre no homem, isto é, no animal dotado de razão, como um transcurso vital entre outros. O ente, e aquilo que assim se denomina e conhece, é algo feito pelo homem. O antropomorfismo se pretende menos como uma doutrina acabada que careceria de uma apresentação fundamentada. Ele assegura muito mais para si imediatamente a concordância como uma “crença” elucidativa antes de todo elemento doutrinário, uma “crença” que é incessantemente suportada e fortalecida pela opinião de que aquilo que o homem seria em essência não poderia se tomar de maneira alguma objeto de uma questão. O antropomorfismo pode se reportar a qualquer momento e para qualquer um ao seu princípio primeiro e último, ao fato de que tudo aquilo que é representado, dito e questionado seria “humano”. E, não obstante, a antropomorfização do ente não é o seu elemento essencial, mas a resistência que se revela nas figuras as mais diversas a toda e qualquer possibilidade de uma transformação essencial do homem. Por isto, ele também gosta de assumir o papel de uma evasiva em relação a toda exigência de um questionamento decisivo.

Emad & Kalary

Original

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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