GA65:19 – questão “nós” e ação

1. Apesar do “nós” (Wir), a questão (quem somos nós?) está dirigida de volta para nós mesmos e, com isso, “refletida”, e ela exige uma postura (Haltung) devolvida, que vem ao encontro do caráter direto do agir (Handeln) e do atuar (Wirken).

2. Mas não é apenas por causa dessa postura refletida que a questão parece ser um desvio (Abweg), mas ela parece se mostrar como um desvio enquanto questão em geral. Mesmo se ela não “refletisse”, mesmo se ela também se “ocupasse” (beschäftigte) “conosco”, ela seria um cismar (Begrübein) “teórico” do homem, que o subtrai do agir e do atuar e que atenua em todo caso esse agir e esse atuar. As duas reservas reúnem-se com uma exigência: agindo e atuando, nós devemos ser nós mesmos e não nos inquirirmos e nos minarmos (befragen und unterwühlen).

3. Assim, já está indicado também o fato de não estar claro para que essa questão deve ser questionada, com o que se articula a dificuldade de decidir de onde nós devemos tomar em geral uma resposta. (GA65:§19; GA65PT:51-52)

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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