GA65 – teoria

Theorie

Perguntar sobre essa essência é o único empenho e não é nem uma teoria da história, nem uma filosofia da história. GA65 (Casanova): 12

Mas a coisa mais própria à filosofia é esquecida, mal interpretada por meio da “teoria do conhecimento”; e onde a “ontologia” ainda é compreendida (Lotze), ela permanece uma disciplina entre outras. GA65 (Casanova): 14

Pois essa é uma retransposição consciente ou inconsciente da “teoria do conhecimento” para si mesma. GA65 (Casanova): 44

A “teoria do conhecimento”, porém, é apenas a forma da perplexidade da metafísica moderna diante de si mesma. GA65 (Casanova): 44

A confusão chega ao seu ápice, quando, então, essa “teoria do conhecimento” se arroga ainda uma vez como “metafísica do conhecimento”; o cálculo na calculadora da “aporética” e a “discussão aporética” “em si” de “direções” e de “fronts de problemas” presentes à vista se tomam, e, em verdade, com plena razão, o método da erudição filosófica mais moderna. GA65 (Casanova): 44

Como é, porém, que esse abandono do seer pode chegar a ganhar o espaço do conhecimento e a se decidir, se já aquilo que Nietzsche experimentou e pensou integralmente pela primeira vez como niilismo permaneceu até agora inconcebido e, antes de tudo, não nos coagiu à meditação? Tomou-se conhecimento da “teoria” nietzschiana sobre o “niilismo” como uma psicologia da cultura interessante, mas antes disso as pessoas fizeram o sinal da cruz diante de sua verdade, isto é, elas mantiveram aberta ou tacitamente essa verdade afastada do corpo como algo diabólico. GA65 (Casanova): 72

O que é “mais seguro”: a imediata descrição ingênua ou o experimento exato? A primeira opção, porque ela pressupõe “menos” teoria! O que significa a exigência da repetibilidade do experimento? 1) Constância das circunstâncias e instrumentos. GA65 (Casanova): 80

2) Comunicação da teoria pertinente e do questionamento. GA65 (Casanova): 80

d) Essa representação ainda encontra um emprego frequente na consideração da “teoria do conhecimento” que, se iniciando com Descartes, impede de início ao “sujeito” a saída e a ultrapassagem em direção ao “objeto” ou torna essa ligação duvidosa. GA65 (Casanova): 110

E até mesmo aquele tempo, que surge depois da metade do século XIX, não tem nem mesmo um saber sobre esse empenho da metafísica, mas mergulha na técnica da “teoria da ciência” e se reporta aí, não completamente sem razão, a Platão. GA65 (Casanova): 212

É somente por meio da ingenuidade filosófica da “teoria do conhecimento” e da interpretação “epistemológica” do idealismo que pôde surgir a falsa opinião de que o “idealismo” estaria distante da realidade efetiva e de que uma conversão ao “realismo” precisaria ajudá-lo nesse ponto. GA65 (Casanova): 259

As duas interpretações são dependentes daquilo que tornou possível a “ontologia” e a “teoria do conhecimento”, isto é, elas são dependentes da metafisica. GA65 (Casanova): 273

Mas e se nós buscássemos a salvação em meio a um caminho de volta à intuição goethiana da natureza e, então, transformássemos mesmo a “terra” e a “vida” em teoria? E se o revolvimento no irracional começar e, então, com maior razão, tudo se mantiver como era até aqui, sim, se o que se tinha até aqui for, então, completamente ratificado sem restrição? Isso ainda está por vir, pois sem isso a Modernidade não alcançaria sua consumação. GA65 (Casanova): 275

 

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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