Ao contrário, a referência ao passar ao largo é a abertura usada por deus do dilaceramento em meio a um fosso abissal; por outro lado, a referência ao homem é o deixar emergir que se apropria em meio ao acontecimento (Geschehen) da fundação do ser-aí e, com isto, da necessidade do abrigo da verdade do seer no ente como de uma restituição do ente. GA65 (Casanova): 7
Performance quer dizer aqui que essa unidade – ressonância, conexão de jogo, salto e fundação em sua unidade – só pode ser a cada vez assumida e suportada humanamente, que elas mesmas são sempre essencialmente um outro e pertencem ao acontecimento do ser-aí. GA65 (Casanova): 27
Se a “metafísica” se torna visível como o acontecimento que pertence ao ser-aí enquanto tal, então isso não deve ser considerado como uma ancoragem “antropológica” muito módica da disciplina da metafísica no homem, mas, juntamente com o ser-aí, conquista-se aquela base, na qual a verdade do seer se funda, de tal modo que, agora, o seer mesmo passou a se mostrar como originariamente dominante e um posicionamento da excedência do ente, o que significa, porém, do sair do ente e, em verdade, como ente presente à vista e como objeto, se tornou impossível. GA65 (Casanova): 85
A verdade do seer não é nada menos do que a essência da verdade, concebida e fundada enquanto velamento clareante, o acontecimento do ser-aí, do ponto de virada na viragem enquanto o meio que se abre. GA65 (Casanova): 95
O aí é apropriado em meio ao acontecimento pelo próprio seer, e o homem acontece apropriadoramente como o guardião da verdade do seer na sequência, de tal modo que, assim, ele se revela pertencente ao ser-aí de uma maneira única e insigne. GA65 (Casanova): 175
O para-si não tem nenhum caráter de decisão e é sem saber em torno do aprisionamento no acontecimento do ser-aí. GA65 (Casanova): 197
Se esse clamor do aceno extremo, a apropriação mais velada em meio ao acontecimento, ainda acontecerá abertamente ou se a indigência a tudo emudecerá e todo domínio permanecerá de fora; e se, caso o clamor aconteça, ele será então ainda apreendido; se o salto para o interior do ser-aí e, com isso, a partir de sua verdade, a viragem ainda vão se tornar história: é aí que se decide o futuro dos homens. GA65 (Casanova): 255
Apropriado em meio ao acontecimento, porém, o ser-aí é como a abdicação. GA65 (Casanova): 271
O seer, porém, se apropria do ser-aí em meio ao acontecimento para a fundação de sua verdade, isto é, de sua clareira, porque, sem essa de-cisão clareadora de si mesmo na urgência do deus e na guarda do ser-aí, ele precisaria consumir a si mesmo no fogo da própria brasa não dissolvida. GA65 (Casanova): 271
O saber, porém, por meio do qual a ausência de arte já é historicamente, sem ser conhecida manifestamente e sem ser admitida no interior de uma “atividade artística” constantemente crescente, pertence ele mesmo na essência ao acontecimento originário de uma apropriação, que nós denominamos o ser-aí, a partir de cuja insistência se prepara o esfacelamento do primado do ente e, com isso, o in-habitual e o não-natural de uma outra origem da “arte”: o início de uma história velada do silenciamento de uma contraposição abissal dos deuses e do homem. GA65 (Casanova): 277