Com isto, apesar de já falarem e mesmo de só falarem da essência do seer, isto é, do “acontecimento apropriador”, as “Contribuições” ainda não conseguem juntar a junção livre e fugidia da verdade do seer a partir dele mesmo. GA65 (Casanova): 1
Mas se o acontecimento apropriador perfaz a essenciação do seer, o quão perto está, então, o perigo de que ele recuse e precise recusar o acontecimento da apropriação porque o homem perdeu a força para o ser-aí, uma vez que a violência desencadeada do desvario em meio ao gigantesco o dominou sob a aparência da “magnitude”. GA65 (Casanova): 2
No entanto, se o acontecimento apropriador se tornar recusa e denegação, isso significa apenas a retração do seer e o abandono do ente ao não-ente? Ou será que a denegação (o caráter de não do seer) pode se tornar no mais extremo o mais distante acontecimento da apropriação, posto que o homem conceba esse acontecimento apropriador e o horror do pudor o recoloque na tonalidade afetiva fundamental da retenção e, com isto, já o exponha para o ser-aí? Saber a essência do seer como acontecimento apropriador não significa apenas conhecer o perigo da recusa, mas estar pronto para a superação. GA65 (Casanova): 2
O seer, porém, não é algo “anterior” – subsistindo por si, em si –, mas o acontecimento apropriador é a coetaneidade tempo-espacial para o seer e o ente. GA65 (Casanova): 5
Em seu nome reúne-se a determinação do homem, na medida em que ele é concebido a partir de seu fundamento, isto é, a partir do ser-aí, o qual se encontra apropriado em meio ao acontecimento e imerso na viragem para o acontecimento apropriador enquanto para a essência do seer e só pode se tornar insistente por força de sua origem como fundação do tempo-espaço (“temporialidade”), a fim de transformar a indigência do abandono do ser na necessidade da criação como a restituição do ente. GA65 (Casanova): 5
Na essência da verdade do acontecimento apropriador decide-se e funda-se ao mesmo tempo todo verdadeiro, o ente se faz ente, o não ente desliza para o interior da aparência do seer. GA65 (Casanova): 7
Esse “entre”, contudo, não é nenhuma “transcendência” com relação ao homem, mas é, ao contrário, aquele aberto, ao qual pertence o homem como fundador e guardião, na medida em que ele é apropriado em meio ao acontecimento como ser-aí pelo seer mesmo, que não se essencia como nada diverso senão como acontecimento apropriador. GA65 (Casanova): 7
Se o homem, por meio desse tresloucamento, chegar a se aprumar no acontecimento apropriador e se ele continuar insistentemente na verdade do seer, então ele continuará se encontrando sempre a princípio no salto para a experiência decidida quanto a se, no acontecimento apropriador, se decide em nome dele ou contra ele o ficar de fora ou a entrada em cena do deus. GA65 (Casanova): 7
Por fim e em primeiro lugar, o “acontecimento apropriador” só pode ser re-pensado (compelido para diante do pensar inicial), se o seer mesmo for concebido como o “entre” para o passar ao largo do último deus e para o ser-aí. GA65 (Casanova): 7
Essa apropriação sobre-apropriada em meio ao acontecimento é o acontecimento apropriador, no qual a verdade do seer é fundada como ser-aí (o homem transformado, voltado para a decisão do ser-aí e ser-se-ausentando) e a história toma o seu outro início a partir do seer. GA65 (Casanova): 7
Esse acontecimento apropriador é a verdade do seer. GA65 (Casanova): 8
O seer (como acontecimento apropriador) precisa do ente, para que ele, o seer, se essencie. GA65 (Casanova): 10
1) Acontecimento apropriador: a luz segura da essenciação do seer no campo de visão extremo da mais íntima indigência do homem histórico. GA65 (Casanova): 11
O acontecimento apropriador é a própria história originária, com o que poderia estar insinuado que aqui em geral a essência do seer é concebida “historicamente”. GA65 (Casanova): 12
O que corta a palavra é o acontecimento apropriador enquanto aceno e acometimento do seer. GA65 (Casanova): 13
A indigência, aquele elemento que impele de um lado para o outro, essenciante – o que aconteceria se a verdade do seer mesmo fosse, o que aconteceria se, com a fundação originária da verdade, se tornasse ao mesmo tempo mais essenciante o seer – como acontecimento apropriador? E se as coisas se derem assim e a indigência for mais compelidora, se ela impelir mais de um lado para o outro, mas o impulso for nessa violência apenas aquela contenda, que teria na desmedida da intimidade do ente e do seer seu fundamento que se recusa? (A impotência do pensar) Ela parece ser evidente, sobretudo quando considerada como poder: a força do efeito e da imposição imediatos. GA65 (Casanova): 17
E, enquanto o acontecimento apropriador, o seer é o início. GA65 (Casanova): 23
Onde, em contrapartida, o seer é concebido como acontecimento apropriador, determina-se a essencialidade a partir da originariedade e unicidade do próprio seer. GA65 (Casanova): 29
O quão distante de tal empreendimento, por exemplo, se encontra a figura de Hermann Lotze, a mais autêntica testemunha do fácil e tão intensamente vilipendiado século 19? O acontecimento apropriador é o meio que comunica a si mesmo e se intermedeia, o meio de volta ao qual toda essenciação da verdade do seer precisa ser de antemão pensada. GA65 (Casanova): 34
E esse domínio, por sua vez, é apenas o aceno para o acontecimento apropriador, no qual temos de buscar a essenciação do seer em seu mais extremo velamento. GA65 (Casanova): 34
Assim, fala-se da “recusa do perseguimento”, da “clareira do encobrimento”, do “acontecimento apropriador”, do “ser-aí”, não um escolher verdades e retirar essas verdades das palavras, mas a abertura da verdade do seer em tal dizer transformado. GA65 (Casanova): 36
História, porém, concebida como a contestação da contenda de terra e mundo, assumida e realizada a partir do pertencimento ao clamor do acontecimento apropriador como a essenciação da verdade do seer na figura do último deus. GA65 (Casanova): 45
A missão, porém, à luz e na via da decisão: o abrigo da verdade do acontecimento apropriador a partir da retenção do ser-aí na grande tranquilidade do seer. GA65 (Casanova): 45
O peso do pensamento é diverso no outro início da filosofia: o re-pensar daquilo que acontece apropriadoramente como o próprio acontecimento apropriador, trazendo o seer para a verdade de sua essenciação. GA65 (Casanova): 51
Como, porém, no outro início, o seer se torna acontecimento apropriador, a ressonância do seer também precisa ser história, atravessar a história em um abalo essencial e poder dizer e saber ao mesmo tempo o instante dessa história. ( GA65 (Casanova): 51
A ressonância do seer quer resgatar o seer em sua plena essenciação como acontecimento apropriador por meio do desentranhamento do abandono do ser, o que só acontece de tal modo que o ente é recolocado por meio da fundação do ser-aí no seer que se abre no salto. GA65 (Casanova): 55
O encontrar o caminho que leva de uma à outra entre maquinação e vivência encerra em si um acontecimento apropriador único no interior da história velada do seer. GA65 (Casanova): 68
Não conseguimos conceber o que se encontra aí resolvido, enquanto a verdade do seer não se transformar para nós na questão necessária, enquanto não fundarmos o campo de jogo temporal, em cujas extensões se pode mensurar pela primeira vez o que aconteceu apropriadoramente na história da metafísica: a preliminar do acontecimento apropriador ele mesmo como a essenciação do seer. GA65 (Casanova): 86
Agora, contudo, o que importa também não é apenas a inversão da metafísica até aqui, mas, com a essenciação mais originária da verdade do seer enquanto acontecimento apropriador, a ligação com o ente se tornou uma ligação diversa (não mais a ligação da hypothesis e da “condição de possibilidade” – do koinon e hypokeimenon) O seer se essencia como acontecimento apropriador da fundação do aí e determina ele mesmo a verdade da essência a partir da essenciação da verdade. GA65 (Casanova): 91
Acometimento e permanência de fora da chegada e da fuga dos deuses, o acontecimento apropriador, não tem como ser imposto de maneira pensante, mas, muito ao contrário, é preciso prontificar por meio do pensamento o aberto que, como tempo-espaço (sítios instantâneos), torna acessível e constante a abertura do fosso abissal do seer no ser-aí. GA65 (Casanova): 120
A unicidade do seer (como acontecimento apropriador), a irrepresentabilidade (nenhum objeto), a mais elevada estranheza e o essencial encobrir-se: essas são indicações, de acordo com as quais nós precisamos primeiro nos preparar, a fim de, contra a obviedade do seer, pressentirmos o que há de mais raro, em cuja abertura nos encontramos, mesmo se nosso ser humano sempre empreender na maioria das vezes o estar fora. GA65 (Casanova): 133
Mas o homem é apropriado em meio ao acontecimento como ser-aí pelo seer como o acontecimento apropriador e, assim, ele pertence ao próprio acontecimento apropriador. GA65 (Casanova): 136
O acontecimento da apropriação do ser-aí por parte do seer e a fundação da verdade do ser no ser-aí – a viragem no acontecimento apropriador não é nem na conclamação (permanência de fora), nem no pertencimento (abandono do ser) algum dia resolvida sozinha, também não pelos dois juntos. GA65 (Casanova): 141
O estremecimento dessa vibração na viragem do acontecimento apropriador é a essência velada do seer. GA65 (Casanova): 141
Portanto, o seer ainda é de qualquer modo o outro em face do acontecimento apropriador? Não, pois propriedade é aqui pertencimento ao acontecimento da apropriação e esse acontecimento mesmo é o seer. GA65 (Casanova): 143
Como o não pertence à essência do seer (a maturidade como viragem no acontecimento apropriador; cf O último deus), o seer pertence ao não; isto é, o propriamente niilizante é o que é dotado de caráter de não e de modo algum o mero “nada”, tal como ele é representado por meio da negação representadora de algo; representação essa, com base na qual se pode, então, dizer: o nada não “é”. GA65 (Casanova): 146
Há em geral, questionado a partir da verdade do ser enquanto acontecimento apropriador, níveis desse tipo ou até mesmo níveis de seer? Se pensássemos a diferenciação entre seer e ente como acontecimento da apropriação do ser-aí e como abrigo do ente e atentássemos para o fato de que aqui tudo é inteiramente histórico, de tal modo que uma sistemática platônico-idealista se tornou impossível, porque insuficiente, então restaria ainda a questão de saber como o vivente, a “natureza” e seu elemento inanimado, tal como utensílio, maquinação, obra, ato, sacrifício e a força de sua verdade (originariedade do abrigo da verdade e, com isso, reessenciação do acontecimento apropriador) precisam ser ordenados. GA65 (Casanova): 152
Aqui, porém, nesse elemento extremo, a palavra precisa da violência, e essenciação não deve denominar algo que ainda se acha muito para além do seer, mas algo que dá voz ao seu interior, o acontecimento apropriador, aquele contramovimento de seer e ser-aí, no qual os dois não se mostram como polos presentes à vida, mas como a pura oscilação mesma. GA65 (Casanova): 164
Ser-aí significa acontecimento da apropriação no acontecimento apropriador como a essência do seer. GA65 (Casanova): 168
(ser-aí) Não aquilo que simplesmente poderia ser de antemão encontrado junto ao homem presente à vista, mas o fundamento necessitado a partir da experiência fundamental do seer como acontecimento apropriador, o fundamento da verdade do seer, por meio do qual (tanto quanto por meio de sua fundação) o homem é transformado fundamentalmente. GA65 (Casanova): 170
Logo que, porém, uma primeira indicação para o ser-aí tem sucesso, é preciso dar sequência ao essencial, o que se anuncia na seguinte indicação: no fato de que o ser-aí é apropriado em meio ao acontecimento pelo seer e de que o seer como o acontecimento apropriador mesmo forma o meio de todo pensar. GA65 (Casanova): 175
O acontecimento apropriador nunca vem à luz abertamente como um ente, como algo presente (cf o salto, o seer). GA65 (Casanova): 217
Ele não está em nenhum dos dois e, contudo, é acessível nos dois; e o estremecimento dessa acessibilidade na viragem do acontecimento apropriador é a essência mais velada do seer. GA65 (Casanova): 217
Pois esse fundamento é o próprio acontecimento apropriador como essenciação do seer. GA65 (Casanova): 222
O quão parco é o nosso saber sobre os deuses e o quão essencial é, de qualquer modo, sua essenciação e degenerescência na abertura dos velamentos do aí, na verdade? O que deve nos dizer, então, sobre o acontecimento apropriador a experiência da essência da própria verdade? Ora, mas como conseguimos silenciar propriamente esse dizer? A verdade é o primeiro verdadeiro do seer, e, com efeito, na medida em que clareia e oculta. GA65 (Casanova): 224
Dizer que o acontecimento apropriador acontece apropriadoramente não significa outra coisa senão: que ele e apenas ele se torna verdade; isso que pertence ao acontecimento apropriador vem a ser, de tal modo que justamente a verdade se mostra essencialmente como verdade do seer. GA65 (Casanova): 225
Para onde andamos de maneira cambaleante, quando nos libertamos da aparência e do visado? O que aconteceria se, apesar disso, nós alcançássemos a proximidade do acontecimento apropriador, que pode ser obscurecido em sua essência, mas, de qualquer modo, ainda mostra o fato de que entre nós e o seer um entre se essencia e que esse entre mesmo pertence à es-senciação do seer. GA65 (Casanova): 236
O tempo-espaço é a abertura de um fosso abissal apropriada em meio ao acontecimento das vias da viragem do acontecimento apropriador, da viragem entre o pertencimento e o clamor, entre o abandono do ser e o aceno (o estremecimento da oscilação do seer mesmo!). GA65 (Casanova): 239
Esse aceno é o reabrir-se do que se encobre enquanto tal, e, em verdade, o reabrir-se para o e como o acontecimento da apropriação, como o clamor do pertencimento ao próprio acontecimento apropriador, isto é, à fundação do ser-aí como o âmbito de decisão para o seer. GA65 (Casanova): 242
Mas como é que isso se dá? Será que uma coisa ou outra se tornará um acontecimento por vir? Será que uma coisa ou outra precisa determinar a expectativa construtiva? Ou será que a decisão é a abertura de um tempo-espaço completamente diverso para uma verdade, sim, para a verdade pela primeira vez fundada do seer, o acontecimento apropriador? O que aconteceria se aquele âmbito da decisão na totalidade, fuga ou chegada dos deuses, fosse justamente o próprio fim? O que aconteceria se, para além disso, o seer precisasse ser concebido pela primeira vez em sua verdade como o acontecimento da apropriação, acontecimento esse como o qual acontece apropriadoramente aquilo que denominamos a recusa? Isso não é nem fuga nem chegada, nem tampouco tanto fuga quanto chegada, mas algo originário, a plenitude da concessão do seer na recusa. GA65 (Casanova): 254
Se por meio do acontecimento apropriador o ser-aí como meio aberto da ipseidade que funda a verdade é atirado a si e se torna um si mesmo, o ser-aí precisa, por sua vez, pertencer como possibilidade velada da essenciação fundante do seer ao acontecimento apropriador. GA65 (Casanova): 255
Recusa como pertencente ao acontecimento apropriador só se deixa experimentar a partir da essência mais originária do seer, no modo como ele reluz no pensar do outro início. GA65 (Casanova): 256
Todo ente, por mais impertinente e único, autônomo e de primeiro nível que ele possa aparecer para o cálculo e para o empreendimento sem deus e desumanos, é apenas a inserção no acontecimento apropriador, inserção essa na qual o sítio do passar ao largo do último deus e a guarda do homem buscam uma estabilização, a fim de permanecerem prontos para o acontecimento da apropriação e não privar o seer daquilo que, porém, o ente até aqui, esse na verdade até aqui, precisou exclusivamente empreender. GA65 (Casanova): 256
Nesse caso, então, por esse instante, o seer é, como o entre mais íntimo, igual ao nada; o deus se apodera do homem e o homem ultrapassa o deus, por assim dizer imediatamente e, contudo, os dois somente no acontecimento apropriador, como o qual a verdade do seer mesmo é. GA65 (Casanova): 256
O elemento impositivo, no entanto, é apenas o incalculável e o improdutível do acontecimento apropriador, a verdade do seer. GA65 (Casanova): 256
Nós podemos tentar destacar historicamente esse “acontecimento apropriador” em sua unicidade, na medida em que o vemos em meio àquilo que ainda se mostra como o que se tinha até aqui em sua mais extrema elevação e em seu mais rico desdobramento: em meio à metafísica do Idealismo alemão e em meio à configuração da imagem de mundo de Goethe, em meio àquilo que permanece separado de Hölderlin por abismos (no “Romantismo”), ainda que ele o tenha “influenciado” historio logicamente, a ele, o portador do nome, mas não o guardião do seer. GA65 (Casanova): 265
Acontecimento apropriador é: 1) O acontecimento da apropriação, o fato de que, na urgência, a partir da qual os deuses necessitam do seer, o seer com-pele o ser-aí à fundação de sua própria verdade e, assim, deixa o entre se essenciar, o acontecimento da apropriação do ser-aí por meio dos deuses e a apropriação dos deuses para eles mesmos em relação ao acontecimento apropriador. GA65 (Casanova): 267
Para não falar de modo algum da recaída inevitável na metafísica e da dependência das representações do “movimento”, da “vida” e do “devir” em relação ao ser como entidade, tal interpretação do acontecimento apropriador afastaria completamente desse acontecimento, uma vez que ela fala do acontecimento apropriador como um objeto, ao invés de deixar que essa essenciação mesma e apenas ela fale, para que o pensar permaneça um pensar do seer, que não enuncia algo sobre o seer, mas fala em meio a um dizer, que pertence ao re-dito e que alija de si todas as objetivações e falsificações em algo situativo (ou “fluente”); e isso porque se entraria imediatamente com isso no plano do re-presentar e porque a inabitualidade do seer é negada. GA65 (Casanova): 267
A plena essenciação do seer na verdade do acontecimento apropriador nos deixa reconhecer que o seer e apenas o seer é e que o ente não é. GA65 (Casanova): 267
Por que, contudo, precisamente essa contenda entre mundo e terra? Porque, no acontecimento apropriador, o ser-aí acontece de maneira apropriadora e se transforma na jurisdicionalidade do homem, porque o homem é chamado para a guarda do seer a partir da totalidade do ente. GA65 (Casanova): 269
6) O homem, nem “sujeito”, nem “objeto” da “história”, mas apenas o ente mobilizado pelo vento da história (acontecimento apropriador) e arrastado concomitantemente para o interior do seer, pertencente ao seer. GA65 (Casanova): 272
Na esfera de visão desse saber, a arte perdeu a ligação com a cultura; ela só se manifesta aqui como um acontecimento apropriador do seer. GA65 (Casanova): 277
De onde provém a ex-cedência, o a-bismo, o fundamento, o ser? Em que consiste a divindade dos deuses? Por que o seer? Porque se têm os deuses? Por que os deuses? Por que o seer? O acontecimento apropriador e a possibilidade do porquê! Será que o porquê ainda pode ser transformado em um tribunal, diante do qual precisamos colocar o seer? Por que, porém, a verdade do seer? Ela pertence à sua essência! Por que ente? Porque um ente supremo provoca, produz tal ente? Mas sem levarmos em conta o elemento desmedido da fabricação, o ente supremo, o summum ens, pertence com maior razão ao ente. GA65 (Casanova): 279