GA38: cérebro, experiência e essência do “ser” humano

Pacheco & Quadrado

Não há nada mais habitual do que a representação do homem como um indivíduo, que aparece entre outros, entre os seus semelhantes e entre as coisas. As fronteiras do homem decorrem na superfície da sua pele, ela é como que a demarcação do que é exterior e interior. Interiores são o coração, o cérebro, o diafragma, como o lugar do anímico, das vivências. Estas vivências acontecem. O homem tem vivências como tem pernas e estômago. Ele é acometido pelas vivências, anda à volta, e está sujeito às mais diferentes influências e efeitos, sobre os quais, por seu lado, actua. Ora, pode-se exprimir esta representação com mais espiritualidade, na medida em que se eleva o eu a personalidade ou se rebaixa a um “sujeito depravado”.

E determinante o modo de experiência aparentemente natural, em virtude da qual nos encontramos com seres vivos dotados de razão. Este modo de experiência tem uma certa legitimidade, mas é questionável se ela pode ser critério quando se trata de alcançar a essência específica do homem. A nossa reflexão já mostrou que este modo de experiência não é suficiente. (p. 228)

Gregory & Unna

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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