GA31:18 – Filosofia não é…

Casanova

Ou será que a filosofia é de fato apenas uma ocupação talvez mais elevada, por que mais universal do espírito, um luxo e uma mudança, a que nós nos permitimos no interior do curso com frequência monotônico e cansativo das ciências?A filosofia é aquela ocasião por vezes útil de liberar o olhar cativo para uma região restrita e maximamente circunscrita de uma ciência para uma certa perspectiva ampla do todo universal? Pois o que significaria se disséssemos que o filosofar se lançaria de maneira questionadora para o interior da totalidade? Será que isso significa apenas que criamos para nós uma perspectiva, a fim de sermos colocados mais favoravelmente como espectadores, mais favoravelmente do que nas regiões particulares e com frequência corretas e por demais estreitas da ciência? Ou será que a afirmação de que o que está em questão na filosofia é a totalidade tem em vista ainda algo completamente diferente? Isso significa que o que está em questão para nós, para nós mesmos, é um ir às raízes? E, em verdade, não de tal modo que também aplicamos discussões e proposições filosóficas, depois de as termos supostamente compreendido, de maneira moral sobre nós e, assim, criamos para a filosofia um efeito ulterior edificante sobre nós? Por fim, só conceberemos o filosofar, se o questionamento, de acordo com o seu conteúdo de questão, segundo a dimensão de questão, for de tal modo que ele se remeta em si mesmo, não ulteriormente, para as raízes. Filosofia não é nenhum conhecimento teórico, ligado com uma aplicação prática, ela não é teórica e prática ao mesmo tempo, mas não é nem uma coisa nem a outra, ela é mais originária do que as duas, que, por sua vez, só caracterizam as ciências. [ELHIF:34]

Sadler

Original

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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