GA31:122 – questionamento acerca do homem

Casanova

O questionamento acerca do homem e “a questão acerca do homem” não são nem de longe a mesma coisa. Se tomarmos o homem como um ente entre outros, então perguntaremos sobre ele não no quadro da questão diretriz, mas a partir do fundamento da questão fundamental. Hoje, com intenções completamente diversas e com equipagens totalmente diferentes, cultiva-se e empreende-se em muitos aspectos a antropologia; [148] por exemplo, psicologia, pedagogia, medicina, teologia. Tudo isso já não é mais nenhum método, mas uma epidemia. Assim, mesmo lá onde se fala de antropologia filosófica, de maneira não esclarecida, pergunta-se em primeiro lugar como se se estivesse perguntando sobre o homem, e, em segundo lugar, em que medida esse questionamento é filosófico. Nós podemos, porém, e precisamos mesmo dizer: toda antropologia filosófica encontra-se fora da questão acerca do homem, que emerge a partir do fundamento da questão fundamental da metafísica e apenas a partir desse fundamento. Esse último questionamento acerca do homem a partir do fundamento da questão fundamental pergunta de antemão e com vistas à possibilitação de todo questionamento filosófico acerca do homem. O primeiro questionamento, em contrapartida, também pergunta no quadro da questão diretriz simplesmente e incidentalmente acerca do homem. Para todo questionamento filosófico ulterior acerca do homem e para todo questionamento que também se faz por fim acerca do homem no contexto e em uma posição de coordenação com outras questões, o perguntar de antemão não se mostra apenas como um perguntar diverso com vistas ao modo de ser em meio à ordem dos problemas, a saber, em uma pré-ordenação em relação à questão fundamental, coordenado no quadro da questão diretriz e inserido ao mesmo tempo na ordem dessa questão. Ao contrário, ele é fundamentalmente diverso mesmo segundo o seu conteúdo material e segundo o modo de ser de toda a problemática. (GA31PT:148-149)

Original

Das Fragen nach dem Menschen und „die Frage nach dem Menschen‟ sind noch lange nicht dasselbe. Nehmen wir den Menschen als ein Seiendes unter anderem, dann fragen wir nach ihm im Rahmen der Leitfrage. Müssen wir den Menschen fragend in den Blick nehmen im Fragen nach Sein und Zeit, nach dem Wesen der Zeit, dann fragen wir nicht im Rahmen der Leitfrage, sondern aus dem Grunde der Grundfrage. Heute wird vielfach und mit ganz verschiedenen Absichten und mit ganz verschiedenartigem Rüstzeug die Anthropologie gepflegt und betrieben; z. B. Psychologie, Pädagogik, Medizin, Theologie. Das alles ist schon keine Mode mehr, sondern eine Seuche. Dann ist selbst da, wo man von philosophischer Anthropologie spricht, ungeklärt, erstens wie nach dem Menschen gefragt wird, zweitens inwiefern dieses Fragen philosophisches ist. Wir können aber und müssen sogar sagen: Alle philosophische Anthropologie steht außerhalb des Fragens nach dem Menschen, das aus dem Grunde der Grundf rage der Metaphysik und nur aus diesem Grund auf steigt. Dieses letztere Fragen nach dem Menschen aus dem Grunde der Grundfrage fragt im voraus und in der Absicht auf die Ermöglichung aller philosophischen Fragen nach dem Menschen. Das erstere dagegen fragt im Rahmen der Leitfrage lediglich auch und beiläufig nach dem Menschen. Das Im-voraus-Fragen für alles weitere philosophische Fragen nach dem Menschen und das letzlich Auch-Fragen nach dem Menschen im Zusammenhang und in Gleichordnung mit anderen Fragen ist nicht nur ein verschiedenes Fragen hinsichtlich der Art und Weise in der Ordnung der Probleme, insgerade der Grundfrage vorgeordnet, dieser zugleich über-geordnet, im Rahmen der Leitfrage nebengeordnet, dieser zugleich eingeordnet, sondern auch seinem Sachgehalt nach und nach der Art der ganzen Problematik grundverschieden.