Será que perguntar pela essência do homem significa: ao invés do animal, tomar agora o homem por tema? Este é um estado de coisas evidente – e, no entanto, ao perguntarmos pela essência do homem, perguntamos por nós mesmos. Isto, contudo, não significa apenas que, com esta pergunta, ao invés de permanecermos orientados para certos objetos (animal e pedra), nos remetemos agora a “sujeitos” e refletimos sobre eles. Isto também significa que perguntamos por um ente que, como tarefa, nos é dado ser. O que implica que só estaremos efetivamente em condições de colocar em questão o homem se perguntarmos corretamente por nós mesmos. Com isto, não está certamente dito que nós mesmos nos tomamos por toda a humanidade ou quiçá pelos ídolos desta humanidade. Muito ao contrário: só fica claro através daí o fato de toda pergunta do homem sobre o homem colocar de início e por fim em questão a respectiva existência do homem. Esta pergunta – o QUE É O HOMEM? – não deixa o homem singular, nem, com mais razão, o que coloca efetivamente a pergunta, recair na indiferença tranquilizadora de um caso particular qualquer da essência universal chamada homem, mas inversamente: esta essência universal do homem só se torna enquanto tal essencial, se o singular se compreende em seu ser-aí. Colocada efetivamente, a pergunta “o QUE É O HOMEM?” entrega de maneira expressa à responsabilidade do homem o seu ser-aí. Esta responsabilização pelo ser-aí é o Index da finitude que lhe é intrínseca. (GA29-30:360-361; tr. Casanova)
GA29-30:407-408 – que é o homem?
- GA29-30:10 – a filosofia acontece na essência enigmática do homem
- GA29-30:411-412 – mundo
- GA29-30:531-532 – Ausência [Ab-wesenheit]
- GA29-30:59-60 – Metafísica
- GA29-30:6 – filosofar enquanto agir humano
- GA29-30:8 – finitude [Endlichkeit]
- GA29-30:9 – sombra do homem
- GA29-30:91-92 – o contraditório não pode ser?
- GA29-30:96-97 – sentimentos [Gefühle]
- GA29-30:99-100 – tristeza [Traurigkeit]