GA19:122-123 – praxis orientada para em-virtude-de

Com essa caracterização de que a σοφία (sabedoria) visa a um ἀγαθόν (bem), Aristóteles alcança uma vez mais em uma proximidade considerável uma outra relação com o ente: com a πρᾶξις (ação). Pois a πρᾶξις (ação) permanece efetivamente orientada precisamente para o em-virtude-de. Portanto, se a σοφία (sabedoria) tem por meta ο ἀγαθόν (bem), parece que ela seria em última instância uma πρᾶξις (ação), enquanto se mostrou no que foi dito anteriormente precisamente que ela é, livre da χρησις (necessidade), um puro θεωρεῖν (uma pura contemplação). Surge, então, a dificuldade de que se tem aqui um comportamento próprio ao ser-aí, que 1. se comporta em relação a um ente, que é determinado como ἀγαθόν (um bem) e que, contudo, 2. não deve ser nenhuma πρᾶξις (ação), mas um θεωρεῖν (uma contemplação). (GA19MAC:135-136)

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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